A taxa de transmissão (Rt) do coronavírus no Paraná é a mais baixa entre todos
os Estados brasileiros: 0,76. O número significa que, atualmente, 100 contaminados pelo Sars-Cov-2
contaminam, em média, 76 novas pessoas. O cenário está relacionado às medidas restritivas adotadas
pelo Governo do Estado e prefeituras para conter a doença.
Os dados são do sistema
Loft.Science, que calcula o Rt médio de todos os Estados e do
Brasil com base em um algoritmo desenvolvido pela empresa. Segundo o sistema, a média de Rt no País
está em 0,88.
O Rt indica quando o contágio pelo vírus está acelerado (maior que 1), estável
(igual a 1) ou em remissão (menor que 1) único cenário que aponta uma melhora na situação
epidêmica. Quanto mais próximo de zero, menores as chances de contágio.
Segundo o sistema, o
Paraná apresenta Rt inferior a 1 desde 17 de março, quando atingiu a taxa de 0,94. Desde então, se
mantém neste patamar, oscilando entre 0,95 e 0,74 (verificada em 7 de abril, a taxa mais baixa no
Estado desde que o sistema começou a registrar o índice, em abril de 2020). Neste período, apenas o
Amazonas apresenta continuamente Rt inferior a 1, e nenhum outro Estado brasileiro mostrou Rt menor
que 0,80.
SAIBA MAIS: Governador
inaugura seis leitos de UTI para Covid-19 em hospital da LapaSAIBA MAIS: Governo
manda para Assembleia projeto de lei do auxílio para empresasOutro estudo, realizado
pelo Laboratório de Estatística e GeoInformação da Universidade Federal do Paraná (LEG/UFPR), também
aponta
taxa de transmissão abaixo de 1 no
Estado. Nesta análise, que é inserida diariamente no
Boletim Epidemiológico da
Secretaria da Saúde, o Paraná apresenta Rt de 0,93, e tem índice de remissão desde 11 de março. Até
14 de abril, o Rt mais alto foi de 0,96 (em 11 de março) e o mais baixo, 0,79 (18 a 21 de
março).
BRASIL - A média de Rt no Brasil está em
0,88. Além do Paraná, outros 15 estados também estão com Rt abaixo de 1. Na sequência, após o
Paraná, as duas taxas mais baixas são de Santa Catarina (0,82) e Rio Grande do Sul (0,83). O Estado
que apresenta maior taxa de transmissão é o Piauí, com Rt 1,07.
HISTÓRICO - Desde o início da pandemia, este é o quarto período de remissão do
vírus no Estado. Entre março e setembro de 2020, o Rt foi sempre superior a 1, apresentando um pico
de 1,88 em 8 de abril do ano passado. Entre 10 de setembro e 10 de novembro de 2020 se deu um
período de queda, no qual o Rt mais baixo registrado foi de 0,90.
Entre 11 de novembro de 24
de dezembro, o índice ficou superior a 1. Desde o Natal, a taxa tem apresentado mais instabilidade.
Ela esteve inferior a 1 por um breve período do Natal a 7 de janeiro, e de 18 de janeiro a 19 de
fevereiro. Em 11 de março, apresentou um novo pico, atingindo um Rt de 1,58. Em 17 de março, então,
iniciou-se esse novo período de queda.
VACINAÇÃO - Segundo o Informe Epidemiológico desta quinta-feira (15), foram
registrados 3.858 novos casos de Covid-19 e 266 óbitos. Os dados acumulados do monitoramento mostram
que o Paraná totaliza a soma de 891.407 casos e 19.860 mortes pela doença.
A principal
estratégia do Paraná para combater o coronavírus é a vacinação. Até a tarde desta quinta, foram
1.350.397 paranaenses vacinados com pelo menos a
primeira dose o equivalente a 94,1% das doses já distribuídas e a 12,93% da população paranaense.
Das doses de reforço, foram 393.757 administradas, 39,9% do distribuído.
Uma nova remessa de
368
mil doses de vacinas chega ao Estado na noite desta quinta, composta por 142.800 doses da
CoronaVac/Butantan e 225.250 doses da vacina de Oxford/AstraZeneca/Fiocruz.
SAIBA MAIS: Hospital
do Paraná oferece terapia diferenciada para casos gravesRecebemos esse novo lote e
pedimos aos prefeitos para aplicá-las o quanto antes. É natural que as pessoas critiquem a falta de
doses, mas o mais importante é que a vacina precisa estar no braço dos paranaenses: tanto a primeira
como a segunda dose, disse o governador Carlos Massa Ratinho Junior.
Os imunizantes da
Astrazeneca são destinados à primeira dose de pessoas entre 60 e 69 anos. Já os fabricados pelo
Instituto Butantan se subdividem entre primeiras doses para trabalhadores de saúde, trabalhadores de
segurança pública/Forças Armadas e pessoas entre 60 a 64 anos, e segundas doses para idosos de 65 a
69 anos e trabalhadores de saúde.
Fonte: FONTE: Agência Estadual de Notícias do Paraná | FOTO: Ari Dias/AEN