As ocorrências policiais reduziram em 2020 no Paraná em virtude da pandemia do novo coronavírus. Foram atendidas no ano passado 806.252 ocorrências em todo o Estado, uma queda de 6,8%, se comparado ao ano anterior. O número de pessoas abordadas também caiu (-17,5%), assim como veículos abordados (-15,5%), operações (-57,9%), termos circunstanciados (-13,1%), detidos maiores (-16,3%), detidos menores (-27,1%), entre outros. Armas apreendidas (+15,4%) e drogas como maconha (+98,7%) e crack (+23,2%) tiveram aumento no mesmo período.

Na área de abrangência do 21º Batalhão de Polícia Militar, com sede em Francisco Beltrão, que atende 26 municípios, ao contrário da média estadual, houve aumento das estatísticas se comparar 2019 e 2020. As ocorrências subiram de 29.768 para 32.516 (9,2%), operações de 73 para 122 (67,1%), pessoas abordadas de 296.338 para 322.744 (8,9%), veículos abordados de 138.748 para 144.780 (4,3%), termo circunstanciado de 494 para 635 (28,5%), detidos maiores de 2.190 para 2.284 (4,3%) e detidos menores caíram de 221 para 123 (-44,3%).

O major Rogério Pitz, subcomandante do 21º BPM, salienta que no primeiro semestre, por conta da pandemia, houve uma diminuição na grande maioria dos crimes, principalmente, na questão dos homicídios e violência doméstica, contudo, outros crimes como perturbação de sossego tiveram aumento.

“Já no segundo semestre de 2020, os crimes de homicídios aumentaram e os crimes de violência doméstica também, os crimes de perturbação do sossego se mantiveram constantes quase que o ano todo, mas nossa preocupação maior é relacionada aos crimes contra a vida, principalmente homicídios e também violência doméstica”, ressalta o oficial da PM.

Polícia quer reduzir crimes graves
De acordo com ele, para 2021, a Polícia Militar está trabalhando com alguns projetos para reduzir crimes contra a vida. “Especificamente crimes de homicídio, nós estamos com algumas estratégias com nosso serviço de inteligência para monitorar alguns pontos prováveis de crimes, embora que muitos desses crimes de homicídio ocorreram em âmbito residencial e se torna um pouco mais difícil nós evitar esse tipo de crime através do policiamento preventivo.”

Além disso, a Polícia Militar vai adotar outras medidas como palestras, programas preventivos, programas de rádio, de televisão, utilizando espaços de jornais escritos, mídias sociais para orientar a população.

Polícia junto com universidades
Major Pitz diz que também será retomado o projeto Maria da Penha, que tem parceria de outros órgãos, entre os quais a Unioeste, através do Núcleo Maria da Penha (Numape), que presta atendimento para mulheres vítimas de violência.

“Também firmamos um convênio com a Unipar que, através de acadêmicos de Psicologia, vai dar assistência aos agressores, então aqueles homens que queiram participar de algum tratamento psicológico, a Unipar se dispôs a fazer esse atendimento gratuitamente, a Delegacia da Mulher também está em parceria conosco, o Ministério Público e o Poder Judiciário”, ressalta Pitz.


Fonte: FONTE: Niomar Pereira - Jornal de Beltrão