A Secretaria de Estado da Saúde finaliza o período sazonal 2019/2020 de monitoramento da dengue com a publicação de boletim epidemiológico nesta terça-feira (14). O Estado fecha o ciclo de 12 meses com 227.724 casos e 177 mortes confirmadas.
O acompanhamento de julho 2019 a julho 2020 publicou 43 boletins epidemiológicos, com registros de casos confirmados, notificados, óbitos e análises sobre os índices da doença nas regiões e cada município do Estado.
BOLETIM - Os dados que finalizam o período apontam 360.472 notificações em 374 municípios, abrangendo as 22 Regionais de Saúde do Estado.
Hoje, 244 cidades estão em situação de epidemia e 31 em alerta para a dengue. O informe mostra que 22.700 casos seguem em investigação.
Em relação aos óbitos por dengue o aumento em relação ao boletim do período anterior é de cerca de 80%. Entre 2018/2019 foram 22 óbitos e agora são 177 mortes provocadas por dengue.
Desde o início do período, a Secretaria da Saúde já alertava para a possibilidade de aumento expressivo de casos devido ao novo sorotipo da doença, o Den-2, que até então não circulava no Estado. O fluxo do subtipo diferente fez com que as pessoas infectadas evoluíssem para formas mais graves da dengue.
A validação do diagnóstico clínico para os casos confirmados de dengue, independente de exames laboratoriais, é apontada como outro fator significativo para o aumento do número de casos.
A partir deste ciclo a Vigilância Epidemiológica passou a considerar o laudo médico já decisivo para confirmação de caso, sem a necessidade de testes confirmatórios.
Apesar do encerramento do período sazonal, a Secretaria da Saúde informa que a consolidação de dados de 2019/2020 será feita no mês de novembro junto com o fechamento das informações do Sistema de Informações de Agravos de Notificação (Sinan), do Ministério da Saúde.
Em relação ao período anterior entre 2018/2019, o aumento no número de casos confirmados foi de mais de 100%, quando o total de casos confirmados foi de 21.017.
A doença segue como uma das maiores preocupações do Estado, disse o secretário da Saúde, Beto Preto.
Segundo ele, mesmo com a pandemia do novo coronavírus o Governo do Paraná não baixou a guarda no combate à dengue; o Estado está finalizando mais um ciclo, mas o monitoramento e as ações continuam; os números são altos, existe uma epidemia de dengue e por isso a Secretaria da Saúde reforça o apelo para a que população fique atenta e participe deste combate. A dengue pode ser evitada com a eliminação dos criadouros do mosquito transmissor da doença. Pesquisas mostram que 90% dos focos estão nos domicílios e podem ser removidos prevenindo casos da doença e mortes, afirmou Beto Preto.
AÇÕES - Ainda no final de 2019, antes mesmo do início da temporada considerada como pico da transmissão da dengue, que é o alto verão, o Governo do Estado decretou alerta máximo contra doença. As ações de combate foram intensificadas e todos os setores públicos foram convocados a participarem do combate ao mosquito Aedes aegypti com a criação do Comitê Intersetorial de Controle da Dengue no Paraná.
Beto Preto assinala que a Secretaria reforçou as medidas de prevenção junto à população, implantou a remoção técnica dos grandes criadouros com a participação de profissionais da Vigilância Ambiental da Sesa, que se deslocaram até municípios mais afetados para esta eliminação. Promovemos oficinas de manejo clínico para os profissionais da linha de frente; foram trabalhos com resultados expressivos quando mais de 100 cidades apresentaram redução de casos autóctones, ressalta o secretário.
Entre fevereiro a junho deste ano, o Governo do Estado fez o aporte de mais de R$ 7 milhões beneficiando 216 municípios nas ações de ações de combate à dengue.
Fonte: FONTE: Agência Estadual de Notícias do Paraná