Escolas municipais e centros de educação infantil devem ter suas atividades provisoriamente suspensas. Esta é a principal recomendação da Amsop (Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná) às prefeituras da região, como medida preventiva para conter a proliferação do coronavírus.
A decisão da entidade foi tomada após assembleia com a maioria dos prefeitos e secretários de Saúde do Sudoeste, na tarde desta terça-feira, e segue o mesmo parâmetro adotado pelo Governo do Estado ao decretar a suspensão de aulas em universidades e colégios. “Nossa ação neste momento é justamente no sentido de poder nos planejar, lidar com uma doença nova da melhor forma e conter o avanço do vírus, que não é tão letal, mas é altamente contagioso”, sintetizou o prefeito de Salto do Lontra e presidente da Amsop, Mauricio Bau.
A recomendação sobre o fechamento de escolas a partir da próxima sexta foi atendida de forma unânime pelos prefeitos. Porém, houve divergências sobre a manutenção de atividades dos CMEIS e os maiores municípios devem manter estes locais em funcionamento. A justificativa é de atender pais que não tenham com que deixar os filhos e ainda evitar que as os alunos possam ficar com idosos – grupo de alto risco – caso não possam ir à creche.
Outros assuntos também foram discutidos no encontro entre os prefeitos, como o remanejamento de profissionais de saúde de estruturas nos municípios, a compra emergencial de produtos e equipamentos, o treinamento de equipes e orientações à população. Outra recomendação da Amsop é a suspensão de eventos com aglomeração de pessoas. A diretora da 8ª Regional de Saúde, Maria Izabel, e a diretora do Hospital Regional, Cíntia Ramos, participaram da reunião e detalharam o plano de ação do governo do Estado.

HRS é o hospital de referência, mas não a porta de entrada
Segundo o médico Leonardo Aranha, diretor técnico do HRS, as principais ações neste momento estão voltadas à prevenção da proliferação e triagem de eventuais pacientes. “O hospital está preparado para atender aquele índice de pacientes que tiverem em estado mais grave, mas precisamos ter a porta de entrada trabalhando bem, triado e encaminhando devidamente cada caso para não sobrecarregar nossa estrutura”.
O Regional preparou leitos de UTI isolados para atender os pacientes que tiverem insuficiência respiratória causada pelo coronavírus e pode ampliar o número de leitos caso haja necessidade. A instituição chamou de volta profissionais de férias e em licença, está contratando mais técnicos e enfermeiros e suspendeu cirurgias eletivas e novas consultas a partir da próxima semana. O HRS é o hospital referência na região para atender os casos graves de coronavírus, mas não a porta de entrada de pacientes que estiverem com a doença, ressaltaram os diretores do Regional.

Assessoria de ImprensaAmsop