A indústria paranaense foi a que mais cresceu
no primeiro bimestre de 2019, com um aumento 10,3% na produção com relação ao mesmo período do ano
passado. Os dados do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE) mostram que apenas seis
estados tiveram desempenho positivo no bimestre.
A produção industrial brasileira fechou com
baixa de 0,2% em janeiro e fevereiro.
Os dados da indústria e de outros setores sinalizam
que a economia paranaense está tomando fôlego e volta a crescer, depois de um 2018 com um PIB abaixo
da expectativa, destaca o diretor do Centro de Pesquisa do Instituto Paranaense de Desenvolvimento
Econômico e Social (Ipardes), Julio Suzuki Júnior.
O crescimento paranaense foi puxado,
principalmente, pelo setor automotivo. O setor teve um aumento de 25,8% nos dois primeiros meses do
ano, com destaque para a fabricação de caminhões e veículos de passeio. A produção de máquinas e
equipamentos e de derivados de petróleo também tiveram forte alta no período, com um aumento de
19,5% e de 16,5%, respectivamente.
Outros setores tiveram resultados positivos no bimestre.
Houve alta na produção da indústria alimentícia (11,9%), de material elétrico (11%), nos produtos de
metal (7,3%), minerais não-metálicos (3%), papel e celulose (2,6%) e de borracha e material plástico
(2,1%). Diminuíram a produção os setores de bebidas (-4,2%), produtos químicos (-4,4%), móveis
(-4,6%) e de produtos de madeira (-7,7%).
Apenas outros cinco estados tiveram crescimento
industrial positivo no primeiro bimestre: Rio Grande do Sul (6,7%), Goiás (5,8%), Pará (5,2%), Ceará
(3,2%) e Santa Catarina (2,7%). Já Minas Gerais e São Paulo tiveram uma produção estagnada no
período.
Ao analisar nesta quinta-feira (11) a queda da produção industrial brasileira na
Rádio CBN, o economista Luiz Carlos Mendonça de Barros ressaltou que apenas o Paraná e Santa
Catarina apresentaram resultados mais otimistas no setor. O IBGE publicou o PIB da indústria por
estado, e dois chamam a atenção: Santa Catarina e Paraná. Eles estão crescendo bem acima da média, e
quando você olha para trás, a queda é também menor que a média, disse.
Fonte: FONTE: paranaportal.uol.com.br | FOTO: ANPr