Uma em cada quatro unidades de saúde no mundo,
considerando sobretudo os países em desenvolvimento, tem problemas graves de falta de serviços
básicos de água e higiene, impactando mais de 2 bilhões de pessoas.
Nesses locais não há
instalações básicas para higiene das mãos e separação correta e segura de eliminação de
resíduos.
Os dados estão em um relatório divulgado hoje (3) pela Organização Mundial de Saúde
(OMS) e pelo Programa Conjunto de Monitoramento do Fundo Internacional de Emergência para a Infância
das Nações Unidas (Unicef) para Abastecimento de Água, Saneamento e Higiene.
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Segundo o estudo, sete mil
recém-nascidos morreram em 2017. Mortes que poderiam ter sido evitadas, se houvesse condições
adequadas nos centros de saúde. A OMS e o Unicef apelam para que as autoridades públicas tomem as
providências.
O documento informa que os cuidados básicos de higiene são fundamentais para
prevenir infecções, redução da disseminação da resistência antimicrobiana e fornecimento de cuidados
para o parto seguro.
Alerta
O secretário-geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, advertiu sobre as ameaças contidas na
ausência de cuidados nos centros de saúde no mundo.
Os serviços de água, saneamento e
higiene nas unidades de saúde são os requisitos mais básicos de prevenção e controle de infecções e
de atendimento de qualidade. São fundamentais para respeitar a dignidade e os direitos humanos de
todas as pessoas que procuram cuidados de saúde e dos próprios profissionais de saúde,
ressaltou.
Estudo
A pesquisa constatou que um em
cada cinco nascimentos ocorre em situações inadequadas, pois 17 milhões de mulheres dão à luz em
centros de saúde sem as condições mínimas.
Quando um bebê nasce em um estabelecimento de
saúde sem água, saneamento e higiene adequados, o risco de infecção e morte para a mãe e o bebê é
alto, disse a diretora executiva do Unicef, Henrietta Fore.
Todo parto deve ser apoiado por
mãos seguras, lavadas com água e sabão, usando equipamentos esterilizados, em um ambiente limpo,
disse ela.
O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, advertiu sobre os riscos
existentes.
"Imagine dar à luz ou levar seu filho doente a um centro de saúde sem água
potável, banheiros ou instalações para lavar as mãos. Essa é a realidade de milhões de pessoas todos
os dias, finalizou. Fonte: FONTE: http://agenciabrasil.ebc.com.br