A região Sul do Brasil produz mais leite do que a Argentina. A produção dessa
região duplicou de 2000 para cá e o leite tornou-se uma atividade essencial na maioria dos
estabelecimentos rurais. É possível reeditar esse crescimento? Esse tema estará em debate no
Interleite Sul 2019 programado para os dias 8 e 9 de maio, no Centro de Cultura e Eventos Plínio
Arlindo de Nês, em Chapecó considerado o mais qualificado e respeitado seminário técnico e
mercadológico do setor, no Brasil.
De 2000 a 2017, o Sul do Brasil teve um
crescimento fenomenal, tornando-se a maior região produtora, passando o Sudeste, que tem em Minas
Gerais o maior Estado produtor de leite do País, O Sul cresceu a uma média de 6% ao ano, contra 3,2%
do Brasil. Retirando o Sul, as demais regiões cresceram apenas 2,2% ao ano. O Sul, portanto, não só
cresceu quase três vezes mais do que o restante do Brasil, como foi responsável por quase 52% do
acréscimo da produção do País no período.
Comparado com a Argentina, os dados são
igualmente impressionantes. De 2000 a 2017, a Argentina cresceu apenas 303 milhões de litros, ao
passo que o Sul acrescentou mais de 7 bilhões de litros, ou 23 vezes mais. Hoje, o Sul produz 12
bilhões de litros/ano, contra 10,1 bilhões da Argentina. No ano 2000, a Argentina produzia quase a
mesma coisa 9,8 bilhões ao passo que o Sul produzia somente 4,9 bilhões.
O Sul
é a nova Argentina, exportando seu leite para o restante do País, observa o CEO da AgriPoint
Marcelo Pereira de Carvalho. A pergunta que fica, porém, é até que ponto esse sucesso será
continuado. É possível manter taxa semelhante de crescimento para os próximos anos? Esta é a
pergunta de fundo do Interleite Sul 2019.
Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br | FOTO: Reprodução/Internet