O reinício do período escolar é um momento importante para que pais e filhos
fiquem atentos à atualização da caderneta de vacinação. A medida evita a ocorrência de doenças entre
os adolescentes, como sarampo, febre amarela, caxumba, rubéola e HPV, dentro e fora do ambiente
escolar. A vacina do HPV, doença transmitida pelo papiloma, vírus humano que causa cânceres e
verrugas genitais, atingindo meninos e meninas, só é administrada na adolescência.
O Programa
Saúde na Escola (PSE), desenvolvido pelos ministérios da Saúde e da Educação, é uma das iniciativas
do governo federal para incentivar a vacinação dos escolares. Durante dois anos, as escolas
públicas, que aderiram ao programa, desenvolvem ações envolvendo 12 temas variados, entre eles, a
atualização da situação vacinal de alunos e professores. No último ciclo, mais de 90% dos municípios
brasileiros aderiram ao Programa. As ações envolveram um universo de 20 milhões de estudantes de
85.706 escolas e mais de 36 mil equipes da atenção básica do SUS.
Tanto a vacina contra o HPV
quanto as demais previstas na caderneta de vacinação estão disponíveis gratuitamente nas salas de
vacinação, localizadas nas unidades básicas de Saúde (UBS) de todo o País. A ausência da Caderneta
de Vacinação não é um impeditivo para vacinar. Toda pessoa pode ser vacinada nos postos de saúde,
onde recebe um registro de controle da vacinação (cartão), podendo atualizar mais tarde a
Caderneta, explica a coordenadora geral substituta do Programa Nacional de Imunizações, do
Ministério da Saúde, Ana Goretti Maranhão.
Vacina segura
O Centro Internacional de
Pesquisas sobre o Câncer (CIIC) vinculado à Organização Mundial da Saúde (OMS), reforça que a vacina
contra o HPV é segura e indispensável para eliminar o câncer de colo do útero. O centro alerta ainda
que rumores infundados, que circulam em forma de fake news, são um grande empecilho para o aumento
das coberturas vacinais.
De acordo com os dados do CIIC, em 2018, foram diagnosticados quase
570 mil novos casos de câncer de colo do útero em todo o mundo. No Brasil, o câncer de colo de útero
é o terceiro tumor maligno mais frequente entre as mulheres, e a quarta causa de morte de mulheres
por câncer, segundo, o Instituto Nacional do Câncer (Inca). Foram 16,3 mil novos casos no ano
passado e 5,7 mil mortes. No mundo, mais de 300 mil mulheres morrem a cada ano vítimas da
doença.
Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br