Carla Archetti, chefe da Divisão de Epidemiologia da 7ª Regional de Saúde.
Janeiro foi um ano com muitas notificações de acidentes ofídicos na região
Sudoeste. Alguns com cobras e outros com aranhas, que são as campeãs de acidentes. De acordo com
Carla Archetti, chefe da Divisão de Epidemiologia da 7ª Regional de Saúde, Coronel Vivida é o
município com o maior número de ocorrências.
Os acidentes com animais peçonhentos
são o maior número de notificações recebidas pela Regional de Saúde na microrregião de Pato Branco.
Foram 1.200 nos últimos 12 meses, com Coronel Vivida sendo o campeão dos números, tendo somente em
janeiro já registrado 128 casos. Mas a maioria dos acidentes não é com cobras, mas sim, as aranhas,
responsáveis por mais de 80% dos acidentes registrados. As picadas mais comuns são da aranha marrom
e armadeira.
O acidente recente mais grave foi com uma criança de 8 anos em Coronel
Vivida, picada por uma cobra Coral, que teve que receber o soro antiofídico. Os acidentes com
aranhas ou cobras não representam risco de morte se a pessoa receber o socorro em tempo hábil,
disse Carla. Todos os acidentes devem ser notificados pelas autoridades de saúde, para que o quadro
possa ser monitorado pelas autoridades sanitárias, acrescentou.
Carla explicou
também que o procedimento no caso de uma pessoa ser picada por inseto ou cobra, é padrão. Na
microrregião, a pessoa deve procurar a unidade de saúde mais próxima, que entrará em contato com a
Regional de Saúde que tomará as providências no caso concreto, afirmou a enfermeira. A Regional
mantém um estoque de soro antiofídico e os antídotos para picadas de aranhas, escorpiões e também da
lagarta taturana.
Soltura no Parque Ambiental Alvorecer provoca polêmica
O tema
rende polêmica. Em janeiro uma cobra coral foi solta no Parque Ambiental de Pato Branco. Capturada
viva na cidade, as autoridades levaram o réptil para o Parque Ambiental e o soltaram no local. A
medida provocou polêmica nas redes sociais. O local é frequentado por milhares de pessoas, adultos e
crianças, e claro ninguém quer se deparar com uma cobra na sua frente.
O secretário
de Meio Ambiente, Nelson Bertani, destacou que o procedimento correto é soltar os animais capturados
na natureza, e o local em Pato Branco é o Parque Ambiental. Nós temos que entender que o Parque
Ambiental é um local de preservação permanente, tem 100 hectares de área, e existem muitos animais,
incluindo as cobras, comentou Nelson.
Nos últimos meses apenas uma cobra foi solta
no parque, destacou o secretário, por isso o risco de acidentes na área pública do parque é muito
pequeno. As cobras não vêm para as áreas onde há trânsito de pessoas, elas se embrenham na mata,
mas temos que entender que ali o espaço é da natureza, nós que estamos invadindo.
Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br | FOTO: Beto Rossatti