O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco
Central (BC) reúne-se amanhã (18) e quarta-feira (19), na sede do órgão, em Brasília, para definir a
taxa básica de juros, a Selic. As instituições financeiras consultadas pelo BC esperam pela
manutenção da Selic em 6,5%. A informação consta do boletim Focus, publicado semanalmente com
projeções de instituições para os principais indicadores econômicos.
Em suas três últimas
reuniões, o Copom optou por manter a taxa nesse índice, depois de promover um ciclo de cortes que
levou ao menor nível da história. Para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o
fim deste ano. Em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano. Para 2020 e 2021, a
estimativa é de 8,13% e 8%, respectivamente.
A Selic é o principal instrumento do BC para
manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo
(IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Inflação
Quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a
demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e
estimulam a poupança. Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique
mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação.
A
manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações
anteriores suficientes para chegar à meta de inflação.
Em 2018, o centro da meta de inflação
é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de
tolerância entre 2,75% e 5,75%. Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de
tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%,
respectivamente).
A estimativa de instituições financeiras para o IPCA este ano subiu para
4,09%. Para 2019, a projeção segue em 4,11. Para 2020 e 2021, a estimativa para a inflação é de 4% e
3,92%, respectivamente.
Atividade econômica
A
projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) a soma de todos os bens e serviços
produzidos no país vem caindo há quatro semanas e está em 1,36%. Para 2019, 2020 e 2021, a
estimativa segue em 2,50% há várias semanas consecutivas.
A previsão do mercado financeiro
para a cotação do dólar subiu para R$ 3,83 no fim deste ano e para R$ 3,75 em 2019.
Fonte: FONTE: agenciabrasil.ebc.com.br | FOTO: Marcello Casal Jr./Agência Brasil