O líder do bloco PDT/Pode/SD da Assembleia Legislativa, deputado Nelson Luersen
(PDT), manifestou preocupação com os números apresentados pela Secretaria da Fazenda, em audiência
pública no último dia 30, que revelou queda na receita do Estado e não cumprimento do percentual
mínimo de investimento em saúde no primeiro quadrimestre de 2018. De acordo com Luersen, os dados
aumentam a preocupação com o futuro das finanças do Paraná, em razão das políticas adotadas pelo
governo Beto Richa, que incluem ainda o confisco de recursos da previdência dos servidores públicos,
aposentados e pensionistas, e antecipações de receita, que comprometem as administrações futuras.
De acordo com os dados oficiais apresentados pelo governo, nos primeiros quatro meses de
2018, o Estado registrou uma queda de 7% na receita em relação ao mesmo período de 2017. Além disso,
os investimentos em saúde ficaram em 10,66%, abaixo dos 12% mínimos previstos na Constituição, o que
significou R$ 144 milhões a menos do que o exigido por lei.
A queda na receita é
resultado da antecipação da cobrança de R$ 1,7 bilhão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e
Serviços (ICMS) promovido pelo governo Beto Richa em 2017, que também inflou artificialmente suas
receitas no ano passado com a venda de ações da Copel, lembrou Luersen. Além disso, o investimento
em saúde foi abaixo do esperado, dinheiro esse que faz falta para melhorar o atendimento à
população, alerta o deputado.
Outro motivo de preocupação, afirma o parlamentar, é o uso
de recursos do Paraná Previdência fundo de aposentadoria dos servidores públicos estaduais para
fechar as contas do governo durante a administração Beto Richa. Estimativas feitas por especialistas
apontam que a gestão Richa deixou como legado uma perda de R$ 4,6 bilhões no Paraná
Previdência.
O déficit da previdência, que vem diminuindo seu saldo, cria um passivo
muito grande no Paraná que terá que ser resolvido no futuro, avalia Luersen. Infelizmente, o
governo Beto Richa se preocupou única e exclusivamente em fazer política através de convênios
momentâneos, sem cuidar do futuro do Paraná, que sempre foi um estado de vanguarda no que se refere
à gestão financeira e previdenciária, afirma o deputado.
Segundo Luersen, todas essas
questões devem ser debatidas durante a campanha eleitoral que se aproxima, e o eleitor terá que
ficar atento às propostas dos candidatos, para escolher aqueles que tenham comprometimento com a
responsabilidade fiscal. Caso contrário, o Paraná acabará no mesmo caminho de estados como Rio
Grande do Sul, Minas Gerais e Rio de Janeiro, que estão quebrados. Nós precisamos de gestores que
tenham a capacidade de recolocar o Paraná nos trilhos, para que voltemos a ser comparados com os
estados vizinhos, como Santa Catarina e São Paulo, que têm características semelhantes ao Paraná no
que se refere ao cuidado com as contas públicas, investimentos em infraestrutura, geração de
empregos, renda e redução das desigualdades sociais, defende o deputado.
Fonte: FONTE: Assessoria