Sindicombustíveis-PR rebateu a cobrança do governo federal sobre baixa no
diesel que buscam direcionar exclusivamente aos postos a responsabilidade pela redução de
preços.
Em coletiva à imprensa, nesta quinta-feria (31), o ministro-chefe da Casa Civil,
Eliseu Padilha, afirmou que os postos que não baixarem o preço do óleo diesel em R$ 0,46 a partir de
sábado (2) serão multados em até R$ 9,4 milhões.
Em primeiro lugar, os postos não
compram os combustíveis diretamente das refinarias. Compram das distribuidoras. Deste modo, para
poder praticar desconto nas bombas, os postos dependem que as distribuidoras repassem integralmente
a redução anunciada, diz o texto.
A partir do momento que as distribuidoras de
combustíveis repassem a redução aos postos, acreditamos que naturalmente isto terá reflexo
proporcional nas bombas. O setor é muito competitivo e existe concorrência acirrada entre os mais de
45 mil postos no Brasil no Paraná, são mais de 2600. Neste cenário de livre mercado, preço mais
baixo sempre foi um grande diferencial para vender mais e fidelizar a clientela, completou.
O sindicato destaca ainda outro ponto não esclarecido pelo governo federal: como será
avaliado o caso das empresas que possuem estoques adquiridos com preços antigos.
Uma
terceira questão omitida pelo governo federal, segundo o Sindicombustíveis, é a do biodiesel. Por
força legal, o diesel vendido no Brasil deve ter 10% de biodiesel. Até o momento o governo federal
não explicou como pretende equilibrar o custo do biodiesel na redução do diesel. Assim como o
etanol, o biodiesel é produzido por empresas privadas.
E concluiu: A Petrobras deveria
rever também sua política de preços para a gasolina. Num país no qual existe um monopólio como o da
estatal petrolífera, não se justificam os aumentos de preços diários. Assim como foi feito no
diesel, a gasolina deveria ter maior espaçamento entre os reajustes. O Brasil todo certamente
ganharia muito.
Fonte: FONTE: paranaportal.uol.com.br | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil