O líder do bloco PDT/Pode/SD da Assembleia Legislativa, deputado estadual
Nelson Luersen, manifestou apoio ao movimento dos caminhoneiros que desde a última segunda-feira
(21/05) vêm promovendo paralisações contra a alta nos preços dos combustíveis. A principal
reivindicação da categoria é a redução da carga tributária sobre o óleo diesel, sobre o qual pesam o
PIS/Pasep, o Cofins e a Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico (Cide), além do Imposto
sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), que somados representam 45% do preço final do
combustível. Segundo eles, a carga tributária menor daria fôlego ao setor, já que o diesel
representa 42% do custo do frete.
Infelizmente, a situação econômica do País e o alto preço
do diesel empurra os caminhoneiros à paralisação, avalia Luersen. O deputado lembra que segundo
cálculos do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), desde que a Petrobrás iniciou sua nova
política de preços para os combustíveis, em 3 de julho de 2017, o óleo diesel subiu 56,5% na
refinaria.
Lamentavelmente, os caminhoneiros foram obrigados a promoverem essa paralisação
devido ao preço do óleo diesel e à crise que se abate sobre o Brasil, bem como também as péssimas
estradas, o pedágio altíssimo e a falta de segurança, diz o deputado. Tudo isso cria uma grande
insatisfação e prejuízo para o setor do transporte do País. E não só para o transporte de carga, mas
também para o de passageiros, influenciando ainda negativamente na vida de trabalhadores autônomos
que atuam como representantes comerciais, e servidores públicos que se deslocam para trabalhar. Toda
a sociedade está pagando pela ganância por impostos por parte do governo que administra mal os seus
recursos, critica o parlamentar.
A Petrobras alega que o aumento acompanhou a cotação do
petróleo e do dólar no mercado internacional. Mas quando as cotações do petróleo e do dólar caíram,
não houve redução significativa dos preços dos combustíveis, aponta Luersen.
O deputado
destaca também que o governo federal aumentou o PIS/Pasep e Confins, e que o governo Beto Richa
aumentou de 28% para 29% a alíquota do ICMS cobrado sobre a gasolina no Estado, colaborando para a
elevação do custo dos combustíveis no Estado. O empresário, quando tem dificuldades em seus
negócios ou acontece uma crise, corta custos ou acaba falindo. O governo, quando é incompetente,
aumenta impostos e faz o povo pagar a conta, diz o parlamentar. Essa majoração do combustível de
forma desenfreada é para tapar o rombo da Petrobras que foi causado por falta de administração de
muitos e muitos anos, um verdadeiro festival com o dinheiro da população, afirma Luersen.
Para o deputado, a solução seria o governo rever esses impostos, em especial sobre o óleo diesel e
buscar o aquecimento da economia, para aumentar o volume de cargas transportadas. Aqui no Paraná,
seria a melhora das rodovias e da segurança nas estradas. Em relação ao pedágio, a expectativa,
segundo Luersen, é de que com o fim dos atuais contratos, em 2021, o próximo governo, a ser eleito
em outubro, promova nova licitação, com um modelo de manutenção e tarifas mais baixas. Com o novo
modelo, esperamos uma redução de no mínimo 50% das tarifas do pedágio, diz o deputado.
Segundo Luersen, a paralisação não é boa para ninguém. Nem os caminhoneiros gostariam de estar
fazendo. Eles gostariam de estar trabalhando, pagando suas contas. Infelizmente, o arrocho por parte
das autoridades levou a essa situação, afirma ele, explicando que os deputados estaduais estão se
mobilizando para cobrar que o governo federal reveja essa política, buscando um equilíbrio entre a
manutenção da saúde financeira da Petrobras e de preços compatíveis com as necessidades da economia
e da população.
Fonte: FONTE: Assessoria