O líder da bancada do PDT na Assembleia Legislativa, deputado estadual Nelson
Luersen, participou nesta terça-feira (10/04), de audiência pública com representantes de
associações de classe de policiais militares e civis, para discutir a retomada da data-base do
reajuste salarial anual dos servidores públicos paranaenses. O funcionalismo público estadual está
com o salário congelado desde 2016, por decisão do governo Beto Richa, que suspendeu o pagamento da
reposição da inflação até 2019.
Na audiência, representantes dos policiais civis
relataram ainda problemas como a falta de pessoal na segurança pública e a superlotação das
carceragens das delegacias no Estado. Segundo Luersen, a expectativa agora é que com a posse da nova
governadora Cida Borghetti (PP), que assumiu o cargo após a renúncia de Beto Richa para disputar a
eleição para o Senado, seja revertido o congelamento dos salários do funcionalismo, que afeta todos
os servidores, de policiais civis e militares, a professores, funcionários de escolas, servidores da
saúde pública, aposentados e pensionistas.
Já que o ex-governador Beto Richa e seus
aliados não cumpriram com o previsto na lei proposta pelo próprio governo e aprovada pela Assembleia
que reconhece o direito dos servidores à reposição anual, esperamos que a nova governadora Cida
Borghetti tenha sensibilidade para reverter o congelamento dos salários do funcionalismo. Não se
trata de aumento de salário, mas da simples reposição das perdas provocadas pela inflação do
período, que reduzem o poder aquisitivo dos servidores e de suas famílias, prejudicando toda a
economia do Estado, explica Luersen. A estimativa dos representantes do funcionalismo é de que nos
últimos dois anos, cada servidor público paranaense perdeu o equivalente a dois salários com o
congelamento.
O deputado lembra que o direito à reposição da inflação é previsto pela
Constituição e estendido a todos os trabalhadores dos setores público e privado. E que se a
reposição não for feita agora, terá que ser feita pelos futuros governos. Mais cedo ou mais tarde
vai sobrar para próximo governo. Alguém vai pagar a conta. Assim como vai pagar a conta pelo
confisco dos recursos do fundo de Previdência do funcionalismo e pela antecipação de receita do ICMS
(Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) promovidos pelo governo Beto Richa, alerta o
parlamentar.
Fonte: FONTE: Assessoria