No 3º Encontro de Atualização em HIV/Aids, a enfermeira Lia Beatriz Henke, coordenadora do Serviço de Atendimento Especializado e Centro de Testagem e Aconselhamento (SAE/CTA) de Francisco Beltrão, esclareceu que o atendimento é feito para os 27 municípios da 8ª Regional de Saúde. Tendo em vista que todos os anos surgem medicação nova e descobertas sobre a doença, é preciso repassar essas informações para profissionais e alunos da área da saúde.

"Esse paciente não fica só em Beltrão e não passa só pelos nossos serviços, ou seja, ele é atendido no pronto atendimento, nas unidades de saúde, nos hospitais, então todo mundo precisa ter o conhecimento para poder dar o atendimento de qualidade a essa pessoa", destaca a coordenadora do SAE.

O SAE faz o acompanhamento de 650 pacientes com a doença. Só de Beltrão são 227 acompanhados, porém neste último ano foram diagnosticados 60 novas pessoas. "De 2014 até agora foram em torno de 215 diagnósticos novos, a tendência é crescente e vemos que a cada ano aumentam os números de casos. Seguindo uma tendência mundial, a faixa etária de 15 a 29 anos é a que mais tem contraído a doença", informa Lia.

Diagnóstico precoce é muito importante
Pelo aumento do número de casos da Aids, no Brasil e no mundo, a Unimed de Francisco Beltrão também aderiu à campanha de combate à doença. O médico responsável pelo setor de Atenção à Saúde da cooperativa de Beltrão, dr. Redimir Goya, esteve presente no Encontro, que aconteceu na Unioeste. O médico conta que a Unimed lançou a campanha de 2017 reforçando a necessidade de informação, diálogo e abordagem do assunto entre amigos, pais, filhos, independentemente da idade. Quem quiser ter mais informações sobre a doença pode acessar ao site www.unimed.coop.br/web/combateaaids/.

Dr. Goya ressalta que a doença não atinge uma categoria especial, mas sim toda a população, por isso é importante que todos tenham conhecimentos de doenças como HIV e Hepatite. "É muito importante saber preveni-las, porque esta é a principal arma de combate dessas doenças, principalmente por não ter um sistema curativo. É importante destacar que existem muito estigma e informações erradas que não se verificam na prática, então é preciso se informar", declara.

O diagnóstico precoce é muito importante, segundo o médico, pois muitas vezes os pacientes não manifestam sintomas, mas podem transmitir a doença. "É importante as pessoas saberem que são portadores da doença, procurar o tratamento e evitar possível transmissão, inclusive para seus familiares, sendo assim é muito importante o diagnóstico precoce. Para os médicos é sempre muito importante pensar nesta doença e solicitar exames, mesmo em pacientes que não transparecem os sintomas", aconselha dr. Goya.

Foto: Cintia Ramos (8ª Regional), Aline Biezus (Secretária da Saúde) e Lia Beatriz Henke abriram ontem, na Unioeste de Beltrão, o 3º Encontro de Atualização em HIV/Aids.


Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br | FOTO: Lígia Tesser/JdeB