Na última terça-feira (14/11) completam-se 20
anos desde que o então governador Jaime Lerner assinou os contratos de concessão do pedágio nas
rodovias do Anel de Integração, em 14 de novembro de 1997. Para o líder do PDT na Assembleia
Legislativa, deputado estadual Nelson Luersen, que presidiu a Comissão Parlamentar de Inquérito
(CPI) que investigou o pedágio, são duas décadas em que a concessão das rodovias vem "sangrando" a
economia do Estado, em razão das altas tarifas e do cancelamento ou adiamento das obras de
duplicação.
Segundo Luersen, os estudos realizados pela CPI mostraram que desde o primeiro
momento, o pedágio gerou muita discórdia, principalmente por parte dos usuários, que não se
conformaram com os altos preços praticados. "Os contratos foram altamente prejudiciais à economia
paranaense em razão das tarifas. Em termos de obras, inicialmente, eles previam a duplicação de mais
de 1 mil quilômetros de rodovias. Mas já em 1998, uma decisão unilateral e eleitoreira do então
governador Jaime Lerner que baixou as tarifas em 50%, ´bagunçou´ todo o processo, pois as
concessionárias foram à Justiça e logo recuperaram os preços. E mais da metade das obras foram
retiradas dos contratos ou adiadas, através de aditivos", explica o parlamentar.
De acordo
com o deputado, uma das grandes preocupações da CPI e da Frente Parlamentar Contra a Prorrogação do
Pedágio sempre foi cobras das concessionárias a execussão de todas as obras que ainda faltam. "E
ainda são muitas. Somente no trecho da BR-376 entre Ponta Grossa e Apucarana, ainda faltam cerca de
200 quilômetros de duplicações a serem feitas até 2021", afirma.
Nesse período, houve várias
articulações por parte das concessionárias para a prorrogação dos contratos. "No entanto, sempre
defendemos que as concessionárias concluam as obras previstas nos contratos e que em 2021, seja
realizada uma nova licitação, com preços compatíveis com a economia do Estado e com o poder
aquisitivo dos paranaenses", defende Luersen.
Nesse sentido, diz o deputado, foi importante a
aprovação de uma lei que prevê que qualquer nova alteração contratual tenha que passar pelo crivo do
Legislativo. "Estamos vivendo um período pré-eleitoral e vai caber aos futuros presidente da
República e governador tratar desse assunto. Por isso, esperamos que a população paranaense leve
isso em conta e faça uma boa escolha, com representantes comprometidos com os usuários das estradas,
e não com o poder econômico dos pedageiros e proprietários de concessionárias", alerta o
parlamentar.
Fonte: FONTE: Assessoria