O aumento nos custos de operação dos serviços vem sendo o principal impacto
financeiro enfrentado neste ano por muitas prefeituras da região. A alta no preço dos combustíveis,
da energia elétrica e o reajuste da folha de pagamento dos servidores, além de insumos e serviços, é
maior que os repasses obrigatórios do governo federal e do Estado e está obrigando gestores a
reduzir despesas.
Faltando dois meses para o fim de 2017, a Amsop (Associação dos
Municípios do Sudoeste do Paraná) reforça as recomendações para melhorar a economia e eficiência dos
governos municipais. Segundo o presidente da entidade e prefeito de Coronel Vivida, Frank Schiavini,
é preciso que as prefeituras cortem despesas e reduzam serviços não essenciais para cumprirem
obrigações como a Lei de Responsabilidade Fiscal e o 13º salário do funcionalismo.
Estamos passando por um momento muito delicado na política nacional e na economia e isso vem
afetando também as prefeituras. Nós não podemos deixar de atender aquilo que é essencial para a
população, mas é possível tomar algumas medidas para ajustar as contas sem recorrer ao aumento de
impostos ou tributos municipais, destaca Schiavini.
Em muitas prefeituras, ajustes vêm
sendo feitos desde o início do ano por sugestão da Amsop. Entre as recomendações da entidade está o
corte de funções gratificadas, cargos em comissão e de diárias, redução do quadro de estagiários e
de servidores cedidos a outros órgãos, fixação de metas de despesas das secretarias, cancelamento de
transporte para fora do município e de convênios que exijam alta contrapartida da prefeitura.
Impacto do combustível
Apesar do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e o ICMS
(Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) terem registrado crescimento de cerca de 10%, o
combustível, que tem um impacto grande nas despesas por ser usado para o transporte escolar,
ambulâncias e máquinas, aumentou cerca de 18% desde o início do ano.
Uma prefeitura é
como uma casa de família, também sofre com os aumentos e é preciso reduzir gastos em algumas áreas
para manter outras que são prioritárias, como a saúde, educação e infraestrutura, diz Frank
Schiavini.
Foto: Presidente da Amsop.
Fonte: FONTE: rbj.com.br | FOTO: Assessoria