A partir deste ano, o Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) passa a utilizar um novo instrumento para medir a qualidade dos gastos dos municípios paranaenses, avaliando as políticas e ações públicas dos prefeitos. Trata-se do Índice de Efetividade de Gestão Municipal (IEGM), que avalia sete indicadores: educação, saúde, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, tecnologia da informação e planejamento contra desastres naturais. Entre os primeiros colocados estão os municípios de Renascença, Marmeleiro, Chopinzinho e Realeza.

O primeiro IEGM foi apresentado nesta semana pelo presidente, conselheiro Durval Amaral, durante painel do 3º Congresso Internacional de Controle e Políticas Públicas. O índice foi apurado a partir de questionários elaborados pelo TCE-PR e enviados aos municípios. As informações prestadas pelas administrações foram avaliadas, por amostragem, por equipe técnica do Tribunal. Os dados validados são consolidados e enviados ao IRB, que é o órgão de estudos dos Tribunais de Contas brasileiros, a quem cabe calcular o índice de cada uma das sete dimensões e definir o resultado final. O painel nacional do IEGM é atualizado anualmente e publicado no site do IRB.

São avaliados as ações da atenção básica à saúde, de infraestrutura escolar (creche, pré-escola e ensino fundamental), planejamento municipal, a questão fiscal (execução financeira e orçamentária e manutenção dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal, a questão ambiental (ações que impactam a qualidade dos serviços e a vida da população), a tecnologia de informação (uso dos recursos em favor da sociedade) e o planejamento do município em função de possíveis acidentes e desastres naturais.

Renascença ficou em 1º lugar na região
Renascença é o município mais bem posicionado no Sudoeste do Paraná no recém-criado índice do Tribunal de Contas. "Antes de falar do nosso desempenho, preciso elogiar e externar minha satisfação com o trabalho feito pelo Tribunal de Contas do nosso Estado. É o reconhecimento da boa gestão, da eficácia das ações que planejamos e executamos no dia-a-dia, em nosso Município, e que muitas vezes não são lembradas ou reconhecidas", comenta o prefeito Lessir Canan Bortoli (PSC).

No Paraná, Renascença conquistou a 9ª colocação no Índice de Efetividade de Gestão Municipal (IEGM), que avalia sete indicadores: educação, saúde, planejamento, gestão fiscal, meio ambiente, tecnologia da informação e planejamento contra desastres naturais. Segundo o prefeito, o resultado é fruto de muito trabalho e sintonia com as necessidades da população e as normas legais que são pertinentes à administração pública.

Lessir também destaca o esforço empreendido por todos os servidores e pela equipe de gestão técnica e administrativa do município. "A rigidez na autorização de despesas, a transparência nas licitações realizadas, o cuidado com os bens do município, tudo gera economia e permite realizar ações e investimentos que a comunidade tanto precisa."

De acordo com ele, foi feito investimento pesado na Escola Municipal Professora Ida Kummer, tanto no que se refere à infraestrutura como nos profissionais da Educação, com a implantação do Método de Ensino do Positivo. "Melhorias nas ruas e Avenidas da cidade, como também nas estradas rurais, são visíveis e facilitam a vida dos cidadãos."

Além disso, Lessir salienta que todos os índices de gestão fixados pela Lei de Responsabilidade Fiscal e Constituição Federal, como investimentos em saúde e educação e despesas com a folha de pagamento. "O controle firme dos gastos que proporciona um resultado financeiro superavitário, nos permite investimentos em melhoria nos serviços públicos, beneficiando diretamente as pessoas que moram em Renascença."

Prefeitura de Marmeleiro controla os índices

Além de Renascença, ficaram entre os 30 melhores colocados do ranking: Chopinzinho (10º), Marmeleiro (24º) e Realeza (27º). A contadora da Prefeitura de Marmeleiro, Regina Michelon, conta que o município sempre teve cuidado para respeitar os índices definidos em lei. E no ano passado, período em que foi feito o estudo, houve um controle rigoroso das finanças, mas sem descuidar da qualidade dos serviços públicos. "O último ano de gestão é sempre mais difícil, então a gente controlou tudo para não passar aperto financeiro. Teríamos um final de ano bem tranquilo e, ainda, para ajudar, houve o repasse de recursos da repatriação no dia 30 de dezembro, o que tornou a situação muito confortável."

Regina disse que os índices precisam ser respeitados, mas, além disso, o Tribunal de Contas também avalia a eficiência do serviço prestado. "Não adianta economizar bastante e oferecer um serviço de má qualidade para a população." No ano passado o município de Marmeleiro manteve uma média de gastos com folha de pessoal em 41,47%, quando o limite estabelecido por lei é de 54% (da receita corrente líquida) com o poder Executivo. Na área de Saúde, o percentual aplicado foi de 24,65%, quando o mínimo previsto em lei é de 15%; em educação o gasto médio foi de 28,21%, sendo o mínimo 25%. Os percentuais são aplicados sobre a arrecadação com impostos municipais suas multas e juros, sobre dívida ativa com multas e juros, e transferências constitucionais como FPM, ICMS e IPVA.


Fonte: FONTE: jornaldebeltrao.com.br