Cinco estrelas, literalmente! O Cruzeiro é pentacampeão da Copa do Brasil! Nos 90 minutos finais da decisão do Mineirão, contra o Flamengo, o time de Mano Menezes não conseguiu fazer o gol que daria o título. Foi nos pênaltis, com uma grande dose de tensão e dramaturgia. Foi com Fábio, que defendeu a cobrança de Diego e colocou o Cruzeiro na frente. Foi com Thiago Neves, que quase caindo, bateu o último pênalti, mas também com Henrique, Léo, Hudson e Diogo Barbosa, que foram impecáveis nas cobranças. A atuação no tempo normal não foi como Mano Menezes planejava. Teve gol perdido e teve susto no segundo tempo, mas, no final, deu tudo certo!

Primeiro Tempo
Mano Menezes escolheu Raniel, mas o acaso escolheu Arrascaeta. Aos quatro minutos do primeiro tempo, o garoto pernambucano sentiu uma lesão e foi substituído. O uruguaio entrou muito bem no jogo, com muita dinâmica e movimentação, complicando a defesa do Flamengo. Encontrou espaços pelos lados e pelo centro. Chegou a ter boas chances de finalização. Aos 13, por exemplo, finalizou cruzado, com um semi-voleio, mas a bola saiu à esquerda da meta de Muralha. Aos 27, recebeu belo passe, quase que na pequena área, mas errou o domínio.

Arrascaeta não foi o único a ter boas chances no primeiro tempo. Thiago Neves, por exemplo, teve uma excelente oportunidade aos 14, mas chutou por cima. É interessante destacar, inclusive, que TN30 e Arrascaeta revezaram como "falso nove". Os dois se movimentaram bastante, com muita intensidade, algo que ajudou muito na criação das chances de gol. A Raposa não conseguiu marcar, mas também pouco foi ameaçada. O ataque do Flamengo só conseguiu levar certo perigo ao gol de Fábio em lances de bola aérea ou de chutes de fora da área. A compactação, inclusive, foi o que mais chamou atenção positivamente no time de Mano.

Sem a bola, a equipe marcava com todos os 10 jogadores de linha atrás da linha da bola. Arrascaeta, o mais avançado, também fazia o primeiro combate. Com a bola, em várias ocasiões o time ocupou o campo de ataque também com os 10 de linha - incluindo os zagueiros. Todo mundo defende, todo mundo ataca. A estratégia estava funcionando, mas o jogo era muito truncado no meio-campo, as oportunidades eram poucas e precisavam ser melhor aproveitadas. A primeira etapa do jogo terminou com o placar em branco.

Segundo Tempo
Mano voltou para o segundo tempo com mais uma substituição. Rafinha entrou no lugar de Robinho, que fez um primeiro tempo ruim e pouco foi acionado. O Cruzeiro tentou, nos minutos iniciais, uma pressão na saída de bola com a marcação mais alta, mas não deu muito resultado. O time, inclusive, tomou alguns sustos em contra-ataques e voltou a marcar do modo "tradicional", prioritariamente do meio-campo para trás. O Flamengo ganhou terreno.

Os jogadores adversários ganharam a maioria das disputas no meio-campo, o que possibilitou ao Flamengo algumas jogadas de ataque. Não foi, porém, nenhuma pressão avassaladora. A principal diferença para o primeiro tempo é que o Cruzeiro não conseguiu mais atacar com perigo e acabou perdendo terreno. Nos minutos finais, Guerrero escapou pela esquerda e chutou para a grande defesa de Fábio. Pouco depois, o árbitro apitou o fim do segundo tempo. O placar de 0 a 0 levou a decisão para os pênaltis.

As Penalidades
De um lado, o contestado Muralha, vivendo má fase. Do outro, o ídolo celeste Fábio, em uma temporada inspiradíssima. Melhor para o Cruzeiro. Henrique, Léo, Hudson, Diogo Barbosa e Thiago Neves cobraram muito bem e marcaram, mas foi graças à defesa de Fábio, na cobrança de Diego, que a Raposa ficou com a taça. Justo! O Cruzeiro é pentacampeão!


Fonte: FONTE: globoesporte.globo.com