OTCE-PR (Tribunal de Contas do Estado do Paraná) começou a julgar ontem oprimeiro dos 14 processos da Quadro Negro, operação que identificou fraudes emobras de sete escolas no Paraná. Os conselheiros avaliaram as irregularidadesem dois projetos na cidade de Campina Grande do Sul, nas escolas RibeirãoGrande e Jardim Paulista.

Orelator do processo, conselheiro Ivan Bonilha, responsabilizou 6 pessoas epediu a devolução de R$ 3,2 milhões, além de cobrar R$ 962,3 mil em multas. Asescolas, que deveriam ter sido construídas, não saíram da fase de fundação eainda nem foram licitadas novamente.

Segundoapontou o TCE, entre os envolvidos está Eduardo Lopes de Souza, dono daconstrutora Valor (e delator da Operação Quadro Negro), Maurício Fanini,ex-diretor da Secretaria de Educação e Jaime Sunye, ex-superintendente da Sude.

Sunyefoi testemunha de acusação do Ministério Público e ontem sua defesa afirmou quesua atuação foi “de extrema lisura” e que ele não participava do esquema. Oconselheiro Fernando Guimarães proferiu um voto divergente, semresponsabilizá-lo, mas o entendimento foi derrotado no plenário.

Delação
EduardoLopes de Souza fez delação e o acordo foi homologado na última semana peloministro do Supremo, Luiz Fux. Lopes diz que parte dos desvios eram repassadospara Fanini e por fim irrigaram a campanha de reeleição de Beto Richa (PSDB) em2014.

Osdeputados Valdir Rossoni (PSDB) e Plauto Miró (DEM) também teriam recebidoparte dos valores, em troca de liberações de verbas da Assembleia Legislativa.

Ogovernador nega as acusações e chama Lopes de mentiroso. Os deputados tambémrefutam a delação. Maurício Fanini não foi encontrado.


Fonte: FONTE: paranaportal.uol.com.br | FOTO: r7.com.br