O líder do PDT na Assembleia Legislativa, deputado estadual Nelson Luersen,
manifestou preocupação com as paralisações diárias que vêm atingindo o transporte coletivo de
Curitiba e região metropolitana desde a semana passada, motivadas pelas reivindicações de motoristas
e cobradores por mais segurança. Luersen cobra soluções da Coordenação da Região Metropolitana de
Curitiba (Comec), órgão do governo do Estado subordinado à Secretaria de Desenvolvimento Urbano
(Sedu), responsável pela gestão do transporte na região metropolitana, e da Urbs, empresa da
prefeitura de Curitiba responsável pelo sistema na Capital.
A passagem aumentou para R$
4,25, uma das mais altas tarifas do País, e o sistema só piorou. No passado, tentou-se culpar a
gestão do prefeito Gustavo Fruet (PD), mas mesmo com o alinhamento político entre a prefeitura e o
governo do Estado, a Urbs e a Comec não têm conseguido dar respostas para os problemas do transporte
coletivo, destaca o parlamentar.
Nesta terça-feira (12/09), as paralisações devem afetar
112 linhas de ônibus de Curitiba e região metropolitana, prejudicando milhões de usuários. Na semana
passada, outras 85 linhas pararam de circular, provocando atrasos e filas de passageiros nos
terminais e pontos de ônibus. O deputado considera que as reivindicações dos motoristas e cobradores
por mais segurança são justas, mas avalia que os trabalhadores que dependem dos ônibus não podem
continuar sendo prejudicados pela falta de ação da Comec e da Urbs diante dos problemas que atingem
o sistema. Todos estão sendo penalizados, tanto em Curitiba quanto na região metropolitana,
prejudicando não só os usuários dos ônibus, mas toda a população, já que as paralisações implicam
também no aumento do número de veículos, sobrecarregando o trânsito, observa Luersen.
Para o deputado, essa situação agrava ainda mais a crise no sistema, já que leva muitos usuários a
abandonarem os ônibus para buscar outras formas de transporte. Ele lembra que segundo dados do
Sindicato das Empresas de Ônibus de Curitiba e Região Metropolitana (Setransp), entre março e junho
deste ano, o número de usuários do transporte coletivo caiu 14%, o que representa uma perda de 7
milhões de passageiros.
A responsabilidade pela gestão do transporte da região
metropolitana de Curitiba é da Comec, que é subordinada à Secretaria de Estado do Desenvolvimento
Urbano. Entretanto, não temos visto ações concretas para atender às reivindicações dos motoristas e
cobradores, bem como para melhor a qualidade do serviço prestado aos usuários. O resultado é que
muitos trabalhadores tem perdido horas de serviço ou sendo obrigados a buscar outras formas de se
locomover, afirma Luersen.
Fonte: FONTE: Assessoria