A Comissão de Acompanhamento do Orçamento da UFPR recebeu na última quinta-feira (31) dados atualizados sobre o impacto dos cortes feitos pelo governo federal na situação econômico-financeira da universidade.
A previsão é que, caso o governo Michel Temer não reveja o contingenciamento de recursos, a UFPR chegue ao fim do ano com um rombo de R$ 7,7 milhões nas contas de despesas centralizadas no Departamento de Serviços Gerais e RU que, além dos restaurantes universitários, incluem gastos como água, luz, telefone, pessoal terceirizado de segurança, limpeza, portaria, apoio técnico etc.
Formada por representantes de professores, servidores técnico-administrativos e estudantes, a comissão recebeu as informações do pró-reitor de Planejamento, Orçamento e Finanças, Fernando Marinho Mezzadri. Segundo ele, a intenção é que o orçamento da UFPR seja efetivamente acompanhado por todos os segmentos da comunidade universitária. Queremos tornar isso uma rotina, tornando o processo o mais transparente possível, afirmou Mezzadri,
O pró-reitor lembrou que o orçamento de custeio da UFPR para 2017 é de R$ 173.164.995,00 R$ 11,3 milhões a menos do que no ano passado, o que representa um corte de 6,1% . Sobre o valor já reduzido, o governo federal ainda aplicou o contingenciamento em R$ 152.981.120,00. Até o momento o governo liberou para empenho apenas 75% desses recursos. Apesar de todo o esforço para cortar gastos, a previsão das despesas ainda continua acima das disponibilidades orçamentárias pós-contingenciamento.
O maior descompasso está nas despesas relacionadas aos restaurantes universitários que também representam o maior gasto corrente da universidade. O subsídio aprovado pelo Coplad para o ano de 2017 foi de R$ 5,7 milhões. Porém, até agora o gasto já foi de R$ 6,4 milhões. Com a crise, mais gente está comendo nos RUs, e além disso a universidade está em processo de expansão, o que também aumenta o número de usuários, afirma o pró-reitor de Administração, Marco Cavalieri. No total, o custo dos RUs para a UFPR é de R$ 20,4 milhões por ano, ao passo que a receita anual com a cobrança de refeições dos usuários é de R$ 2,5 milhões.
De acordo com Mezzadri, a UFPR tem feito gestões junto ao governo federal para que libere pelo menos parte dos recursos contingenciados, de forma que a universidade não seja obrigada a deixar pagamentos pendentes para 2018, quando o cenário promete ser novamente difícil. Pelas informações que recebemos em Brasília, na melhor das hipóteses o orçamento das universidades federais para 2018 será igual ao de 2017. Então, não podemos deixar despesas de um ano para o outro, sob pena de criar uma bola de neve, afirmou.
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