São Paulo O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado pelo juiz
Sergio Moro a nove anos e seis meses de prisão por lavagem de dinheiro e corrupção passiva no caso
do tríplex do Guarujá, investigado no âmbito da Operação Lava Jato.
Em suas alegações
finais do processo, o MPF pediu a prisão de Lula em regime fechado, sustentando que ele recebeu R$
3,7 milhões em benefício próprio de um valor de R$ 87 milhões de corrupção da empreiteira OAS,
entre 2006 e 2012.
Segundo o MP, Lula teria recebido o tríplex no Guarujá como
contrapartida por contratos fechados entre a OAS e a Petrobras durante sua gestão.
Do
total, R$ 2,4 milhões se referiam a melhorias e reformas de um tríplex no Guarujá, e outro R$ 1,3
milhão teria financiado o armazenamento de seus bens pessoais entre 2011 e 2016, incluindo o acervo
de presentes recebidos durante seus anos na presidência, segundo a acusação do MPF.
Também são réus no caso o ex-presidente da OAS, Léo Pinheiro, os executivos da empresa Agenor
Franklin Medeiros, Paulo Gordilho, Fábio Yonamine e Roberto Ferreira, e o presidente do Instituto
Lula, Paulo Okamotto.
Todos são acusados de lavagem de dinheiro e corrupção ativa. A
ex-primeira-dama Marisa Letícia teve o nome excluído da ação após a sua morte, em fevereiro
passado.
A denúncia contra o ex-presidente foi apresentada pelo Ministério Público
Federal (MPF) em setembro de 2016. Veja a íntegra do documento. Fonte: FONTE: exame.abril.com.br | FOTO: Orlando Brito/VEJA/VEJA.com