Recentemente, a fisioterapeuta Dayane Provin, que atua com Yoga, Pilates e Acupuntura em Salto do Lontra, viajou para o outro lado do mundo para vivenciar as cidades indianas de Nova Déli, Agra, Amritsar, Dharamsala e Rishikesh e participar do Festival Internacional do Yoga, que reúne anualmente participantes de mais de 80 países.

A prática do yoga trabalha a união do corpo e da mente e o festival acontece com esta mesma sintonia, aos pés dos Himalayas e na beira do rio Ganges, na cidade de Rishikesh que é um lugar abençoado por muitos yoguis e santos. “Ao chegar eu chorava muito, de emoção por estar podendo viver e sentir tudo aquilo. Depois do primeiro Puja, uma cerimônia típica que envolve fogo, foi que eu entendi que eu realmente estava na capital do Yoga. E apesar do choque cultural que se vive na Índia, e de ser tudo tão diferente, eu me identifiquei tanto com tudo que minha maior sensação era de estar em casa, era como se morasse lá há muito tempo”, relembra Dayane.

A grande maioria das pessoas que vai até Rishikesh está buscando por Deus e por espiritualidade. Ao imergir neste mundo, naturalmente todo o seu sistema entra nessa frequência de luz e você tem um vislumbre da realidade espiritual.

Segundo a instrutora de Yoga, o festival é uma espécie de retiro e imersão no mundo do Yoga, nas religiões indianas, no contato com os mestres. Os ensinamentos e bênçãos são transmitidos através de satsangs (palestras) e práticas espirituais diárias, como yoga, meditação, canto de mantras e pujas.

“O festival me proporcionou conhecer várias áreas do Yoga. O Yoga é sim uma filosofia de vida e nos traz uma forma de viver também no dia-a-dia, alinhando corpo e mente e nossas energias em todas as nossas tarefas”, explica a fisioterapeuta, que durante o festival realizou ainda o sonho de mergulhar na nascente do famoso, cristalino e gelado Rio Ganges, que é sagrado para o povo indiano. As pessoas se banham diariamente neste rio e consideram o banho uma forma de purificação.

Na oportunidade, Dayane também conheceu de perto o respeitado mestre brasileiro Sri Prem Baba.

“A energia daquele lugar é magnífica. Quando a gente se encontra com as pessoas em um lugar como este entendemos um pouco mais sobre o que é energia. Todos lá estão na mesma sintonia, buscando sentimentos parecidos. São vários estilos e histórias de vida, várias culturas, várias religiões, várias nacionalidades, todos em busca do mesmo aperfeiçoamento espiritual”, conta.

“A definição da Índia pra mim é sentimento. Sentimento e energia. Sentir a energia do lugar e das pessoas que estavam lá foi uma forma de me auto reconhecer, foi um tempo de conexão com meu mundo interno, uma experiência transformadora, além de aprendizado de novas posturas (asanas) e de muitas novidades para os meus alunos de Yoga”, acrescenta a instrutora.

A viagem foi feita junto a outros sete brasileiros. O grupo, que buscava a vivência do Yoga, desembarcou na capital Nova Déli, onde tiveram o primeiro contato com a cultura, com o tumulto, com as vacas e os macacos nas ruas, com os cheiros, aromas e cores da Índia.

Para Dayane, a visita ao Taj Mahal, que é o maior cartão postal do país também foi um dos momentos mais emocionantes da viagem. O mausoléu é uma das sete maravilhas do mundo moderno e é a mais famosa prova de amor já conhecida, pois foi edificado sob o túmulo da amada do Imperador para homenageá-la. “O Taj Mahal é um misto de deslumbre e energia, onde pessoas do mundo todo, de todas as crenças e culturas, vivem o mesmo sentimento”, conta.

A Índia reúne diversas religiões. Entre todas elas, o hinduísmo, o budismo, o jainismo e o sikhismo são as que tiveram suas origens legítimas no país. Para Dayane, as visitas aos templos mostraram o quanto é grande a devoção do povo indiano. “Os indianos são seres iluminados e muito espirituais, é surpreendente”.

Ao visitar o Golden Temple (Templo Dourado), além de se deslumbrarem com a beleza do local, puderam participar da cozinha voluntária do templo onde diariamente são servidas cerca de 50 mil refeições gratuitamente. “É impressionante como tudo funcionava bem. A resposta que tivemos de como aquilo era possível foi a de que Deus faz as coisas funcionarem. E é mesmo verdade”, lembra Dayane.

A viagem também passou pela cidade de Dharamsala, cidade do Dalai Lama, onde vivem hoje muitos refugiados do Tibet. Lá, puderam ver a preparação para o ano novo tibetano e tiveram um contato profundo e apaixonante com o budismo.

Para Dayane, ao terminar o roteiro turístico, espiritual e de aperfeiçoamento e retornar para o Brasil, a sensação que ficou foi de voltar anestesiada e para outro planeta. “A evolução deve continuar, continuamos sempre em busca de outros cursos e outras descobertas, lá tive a certeza de que não é possível parar. A Índia foi um divisor de águas na minha vida.”.


Fonte: FONTE: Imagi Comunicação | FOTOS: Daiane Provin/Arquivo Pessoal