O Paraná registrou um crescimento de 22% no número de pedidos de refúgio no ano
passado. Segundo dados da Polícia Federal, 455 pessoas pediam refúgio no Estado em 2016, enquanto em
2015 haviam sido 374. A maioria dos pedidos vem de pessoas que querem deixar os seguintes países:
Líbano, Haiti, Síria, Palestina, Índia, Iraque, Jordânia, Cuba, Egito, Paquistão, Turquia,
Venezuela.
Nesta terça-feira (20), inclusive, foi comemorado o Dia Mundial do Refugiado.
A data, instituída em 2000 pela Organização das Nações Unidas (ONU), tem o intuito de conscientizar
os governantes e a população mundial para o problema daqueles que são obrigados a fugir por causa de
perseguições pela sua raça, naturalidade, religião, grupo social ou opinião política.
Em
Curitiba, um dos refugiados que conseguiu a permanência humanitária no país foi Amr Houdaifa. Ele
chegou ao Brasil em 11 de março de 2015, depois de deixar a Síria por causa da guerra. Aos 27 anos,
formado em jornalismo e direito, trabalha aqui fazendo comidas típicas para vender. Antes de chegar
à América do Sul com os dois irmãos, porém, tentou viver no Líbano e trabalhou lá como jornalista,
mas não conseguiu visto para ficar no país. No final das contas, porém, acredita que teve sorte por
conseguir vir ao Brasil.
A hospitalidade aqui é linda. O brasileiro acredita que esse é
um país pra todos, conta ele sobre as impressões que teve do povo brasileiro.
Paraná
assina protocolo de intenções
No Paraná, as comemorações por conta do Dia Mundial do Refugiado
acontecerão hoje, com a assinatura do protocolo de intenções de caráter humanitário, para promoção e
defesa dos direitos dos migrantes, refugiados e apátridas que vivem no estado. Participam da
assinatura do documento o Governo do Estado, o Ministério Público Federal, o Ministério Público do
Estado do Paraná, o Ministério Público do Trabalho, a Defensoria Pública da União, a Defensoria
Pública do Estado do Paraná, a Polícia Federal, a Universidade Federal do Paraná, o Banco do Brasil
e a Fomento Paraná.
Esse documento é uma maneira de colocar em prática as garantias
legais a quem chega ao Estado, como questões de visto, trabalho e educação. Temos a participação do
Banco do Brasil e da Fomento Paraná para estimular a concessão de crédito aos estrangeiros. Esse
protocolo é uma maneira também de facilitar a articulação entre as diversas instituições que atendem
aos migrantes, refugiados e apátridas, comenta Artagão Júnior.
Durante o evento será
inaugurada também a exposição Novo Olhar Num Novo Lugar - Migrantes e Refugiados em Foco. A mostra é
o resultado do trabalho do fotógrafo Denis Ferreira Netto e de refugiados que vivem em Curitiba e
será exibida durante toda a semana, no CEIM.
Ainda hoje, será exibido o filme A
linguagem do Coração, dirigido por Silvana Nuti. A película de 32 minutos conta um pouco da
trajetória de migrantes e refugiados na chegada ao Brasil.
Fonte: FONTE: bemparana.com.br | FOTO: SMCS