Desde o começo deste ano, o Paraná já registrou
quatro surtos de caxumba em quatro diferentes regiões do Estado, segundo a Secretaria de Estado da
Saúde. Os surtos foram em Guarapuava, Francisco Beltrão, Umuarama e Ivaiporã. Três desses surtos
aconteceram em aldeias indígenas no Interior. Os números também chamam a atenção para Curitiba que
já tem registro de mais de 1.500 casos da doença neste ano.
Apesar do alerta provocado pelos
surtos de caxumba no Paraná neste primeiro semestre, a Secretaria de Saúde não considera que esteja
ocorrendo uma epidemia da doença no Estado. Mas, existe uma preocupação, já que no ano passado
diversas regiões do País tiveram surtos da doença. Em algumas, os casos quase que dobraram em
relação a 2015.
Em Curitiba eram contados 1.542 casos da doença neste ano. Mas o número de
pode ser ainda maior do que o divulgado, pois a notificação sobre a doença não é obrigatória, e não
há informações sobre o número de pacientes com caxumba na rede privada de saúde.
O número de
Curitiba é bem maior do que o verificado durante os anos de 2014 e 2015 todo em 2014 foram 563
casos na Capital, e em 2015 outros 675. No ano passado foram mais de 2 mil
registros.
Transmissão
A caxumba pode ser
transmitida pelas gotículas de saliva e pela secreção respiratória. Entre os sintomas estão febre e
o inchaço das glândulas presentes no pescoço. São raras, mas podem acontecer complicações como
inflamações de outras glândulas do corpo, como testículos e ovários e a doença pode ainda evoluir
para uma meningite. Não existe um remédio específico para o tratamento, somente o repouso e o
isolamento.
A vacina contra a caxumba encontra-se disponível o ano todo na rede pública de
saúde e faz parte do calendário de vacinação infantil. Segundo a Secretária Estadual de Saúde uma
campanha de vacinação deve ser lançada no segundo semestre. Ela servirá para conscientizar a
população da importância dos cuidados com a saúde, e não será focada apenas nos casos de
caxumba.
No Paraná, a vacina contra a caxumba faz parte de uma campanha chamada de
Multivacinação que em 2016 foi lançada no segundo semestre do ano e imunizou os paranaenses com 14
vacinas do calendário básico de vacinação.
Sintomas, transmissão e prevenção da caxumba
Sintomas. A caxumba, também
chamada de papeira ou parotidite, tem um período de incubação de duas ou três semanas. Seus
primeiros sintomas são febre, calafrios, dores de cabeça, musculares e ao mastigar ou engolir, além
de fraqueza.
Uma das principais características da doença é o aumento das glândulas salivares
próximas aos ouvidos, que fazem o rosto inchar. Nos casos graves, a caxumba pode causar surdez,
meningite e, raramente, levar à morte.
Após a puberdade, pode causar inflamação e inchaço
doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à
esterilidade. Por isso, é necessário redobrar a atenção nestes casos e ter acompanhamento
médico.
Transmissão. Altamente contagiosa, a caxumba é causada pelo vírus Paramyxovirus,
transmitido por contato direto com gotículas de saliva ou perdigotos de pessoas infectadas. Costumam
ocorrer surtos da doença no inverno e na primavera e as crianças são as mais
atingidas.
Prevenção. A melhor maneira de evitar a caxumba é através da vacinação aos 12 e 15
meses de vida. Caso uma pessoa seja afetada, ela não deve comparecer à escola ou ao trabalho durante
nove dias após início da doença.
É preciso, ainda, desinfectar os objetos contaminados como
secreções do nariz, da boca e da garganta do enfermo. A vacinação de bloqueio é recomendada para
quem manteve contato direto com pessoas doentes.
Fonte: FONTE: bemparana.com.br | FOTO: dicassobresaude.com