O potencial de consumo do paranaense durante todo o ano é de R$ 268,2 bilhões.
O número é do estudo IPC Maps, divulgado ontem. O valor estimado, que soma todos os gastos dos
paranaenses ao longo do ano, é bem superior ao do ano passado, quando o IPC Maps calculou R4 225,8
bilhões em consumo. O Brasil também aumentou sua estimativa. Em 2017 ela é de R$ 4,2 trilhões.
Curitiba, da mesma forma, saltou de R$ 53 bilhões em 2016 para mais de R$ 56 bilhões em 2017. os
níveis são semelhantes a 2011, antes da crise se agravar.
No ranking dos etados, o Paraná
aparece em quinto lugar, atrás de São Paulo (R$ 1,1 trilhão), Minas Gerais (429 bilhões), Rio de
Janeiro ( R$ 386 bilhões) e o Rio Grande do Sul (285 bilhões). Curitiba, no ranking das cidades,
ocupa a sexta colocação.
O ranking dos municípios mostra ainda a diversificação desse
universo. Permanece a liderança dos mercados como os de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Belo
Horizonte, seguidos por Salvador, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre, com Goiânia, retomando a 8ª
posição, seguida de Manaus e Recife.
Enquanto os 50 maiores municípios concentram mais de
40% de tudo que é consumido no País, a mobilidade nos extratos sociais está praticamente estagnada,
com reflexos de queda no topo da pirâmide social (classes A e B) e estreitamento ainda mais
acentuado nas classes menos favorecidas.
Focando a renda nas mãos do consumidor, os
dados analisados pelo IPC Maps indicam não só que a movimentação de recursos evoluiu pelas cidades
interioranas, como também o estudo mostra um diferencial na criação de novas empresas acompanhando
uma alternativa ao empreendedorismo no País. De acordo com o responsável pelo estudo, Marcos
Pazzini, este cenário pode contribuir para se traçar um novo horizonte de oportunidades
competitivas para a economia, impulsionando a ocupação da mão-de-obra e o consumo por produtos e
serviços.
Médias empresas cresceram mais
O estudo
constata que as atividades econômicas elevaram a 20.754.951 unidades o patamar empresarial do País,
em 2017 (ante as 19.069.462 instaladas em 2016). A quantidade só não é maior pela redução de
empresas no período, revelando um diferencial passível de análise entre os vários estratos, por
número de funcionários, como observa o responsável pelo estudo, Marcos
Pazzini.
Enquanto aquelas que possuem até nove funcionários mantém
crescimento positivo de 11,9%, nas demais faixas empresariais com mais de 10 funcionários o
crescimento foi negativo (superior a 40%) em cada um dos estratos. O destaque fica para as empresas
com mais de 500 funcionários: das 18.434 unidades existentes no ano passado, restando apenas 6.510
unidades em 2017, uma retração de 64,7%.
Além disso, é expressiva a queda das Micro
Empresas Individuais (28,2%) provavelmente devido ao fechamento de pequenos negócios neste momento
de crise.
Onde está o consumo do paranaense
Manutenção do lar 25,4%
Alimentação em casa 10,9%
Materiais de construção
7,5%
Gastos com o veículo 5,6%
Alimentação fora de casa 4,1%
Medicamentos
3,6%
Vestuário 3,2%
Saúde 2,7%
Eletrodomésticos 2%
Viagens
2%
Artigos do lar 1,9%
Higiene pessoal 1,8%
Transporte urbano 1,6%
Lazer
e cultura 1,4%
Bebidas 1,3%
Calçados 1,3%
Educação 1,2%
Artigos de
limpeza 0,7%
Material escolar 0,4%
Fumo 0,4%
Outras despesas de vestuário
0,2%
Outras despesas 20,5%
Fonte: FONTE: bemparana.com.br | FOTO: cafecomgalo.com.br