O deputado estadual Nelson Luersen (PDT) defendeu, nesta terça-feira (11/04),
em audiência pública na Assembleia Legislativa, que o Ministério da Agricultura libere a volta ao
funcionamento, sob monitoramento, das empresas interditadas após a operação Carne Fraca, que
investiga suspeitas de irregularidades na fiscalização de frigoríficos. Luersen afirmou que produtos
eventualmente sob suspeita devem ser recolhidos e os responsáveis punidos, sem que isso implique no
fechamento de empresas e na perda de empregos gerados pelo setor. A audiência proposta pelo deputado
e outros parlamentares para discutir os reflexos da operação e as perspectivas da cadeia produtiva
da carne no Brasil reuniu, no plenarinho da Assembleia, representantes do Ministério da Agricultura,
Secretaria de Estado da Agricultura, Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Vigilância
Sanitária, Sindicato da Indústria da Carne e Derivados (Sindicarne), Associação Brasileira de
Frigoríficos (Abrafrigo), Ministério Público Federal, produtores rurais, entre outras entidades e
segmentos interessados.
A audiência foi importante para demonstrar mais uma vez que
eventuais desvios de conduta praticados por alguns fiscais e empresários investigados pela operação
Carne Fraca devem ser identificados e punidos exemplarmente, preservando a cadeia produtiva da carne
no Brasil, que segue padrões rígidos de controle sanitário reconhecidos como referência
internacional, e principalmente, garantindo a manutenção dos seis milhões de empregos gerados por
essa atividade desde a lavoura até a prateleira dos supermercados, afirmou Luersen.
O
deputado destacou ainda que a procuradora do Ministério Público Federal, Paula Cristina Conti Thá,
informou que o inquérito da operação Carne Fraca deve ser concluído no próximo dia 17 de abril. A
nossa preocupação é que aqueles que comprovadamente tiverem agido fora da lei respondam na Justiça,
e que se aprimore a fiscalização, mas que se garanta o funcionamento das empresas e a manutenção dos
empregos e da renda gerada pelo setor, que exporta para mais de 160 países, afirmou o
parlamentar.
Luersen ressaltou também que as investigações já comprovaram que não há
qualquer suspeita de irregularidades envolvendo a carne em natura produzida pelo País, mas apenas
questões pontuais referentes à fiscalização da carne processada. Quando for identificado algum
problema, que se recolha o produto e que a empresa ou servidores públicos envolvidos respondam na
Justiça, defendeu o deputado.
Na avaliação do parlamentar, a operação Carne Fraca foi
necessária, mas ao generalizar situações pontuais, a divulgação das investigações teve uma atuação
midiática, prejudicando a imagem do País no exterior e também no mercado doméstico. Foram 21
empresas em um universo de mais de cinco mil estabelecimentos comerciais envolvidos. Está mais do
que provado de que a grande maioria das empresas atua dentro da lei e com padrões rígidos de
controle sanitário, explicou Luersen.
Fonte: FONTE: Assessoria