Comissão de Educação da Amsop debate com Núcleos propostas para ensino rural.

A Comissão de Educação Cultura e Esporte da Associação dos Municípios do Sudoeste do Paraná (Amsop) realizou sua primeira reunião do ano já última sexta-feira, 20, com duas pautas polêmicas, mas necessárias frente à nova realidade econômica do País: o fechamento de Casas Familiar Rural (CFR) e mudanças nas Escolas do Campo. A redução do número de alunos e o aumento de custo para manutenção acende o alerta na gestão pública.

O encontro, comandado pelo presidente da comissão, o prefeito de Marmeleiro Jaimir Gomes, contou com a participação do vice-presidente da Comissão o prefeito de Itapejara do Oeste Agilberto Perin, e o presidente da AMSOP, prefeito de Coronel Vivida Frank Schiavini. Também acompanharam os chefes dos Núcleos Regionais de Educação do Sudoeste de Francisco Beltrão Márcia Bonetti, de Dois Vizinhos Nivaldo Florentino, além da técnica do NRE de Pato Branco Lilian Minibrowslei; coordenadores de estrutura, eo presidente da Casa Familiar de Marmeleiro Paulo Brustolin.

CFR
No caso das Casas Familiar foi confirmado o fechamento de 12 escolas em todo Sudoeste e manutenção de apenas 4 que possuem cursos técnicos. E essasse mantém até o término das turmas que estão em andamento com os 2º e 3º ano. Não há mais abertura de turma. Foram mantidas as escolas de Pato Branco, Chopinzinho, São Jorge do Oeste e Santo Antonio do Sudoeste. Está descartada a possibilidade de abertura de novas escolas.

Escolas do Campo
Na oportunidade foi apresentado o relatório de cada núcleo sobre a situação das Escolas do Campo e discutido formas de melhorar o sistema e torna-lo mais eficiente e econômico. Algumas sugestões foram apresentadas, como criar núcleos para abrigar maior volume de alunos em escolas que possuem infraestrutura para isso, e fechar as menores. Também será estudada a possibilidade de implantar turno único para suspender uma rota do transporte escolar.

A chefe do NRE de Francisco Beltrão relatou que existem casos de escolas com menos de 15 alunos. “Em 6 anos perdemos mais 1.000 alunos nessas escolas e os prefeitos me questionam com frequência o que pode ser feito com essas que possuem poucos alunos. Temos que estudar uma forma de resolver essa equação”, observou Márcia, lembrando que o Núcleo possui 45 Escolas do Campo, praticamente a metade do total, 95.

Transporte universitário
Outro assunto discutido pela comissão de educação foi sobre o transporte de alunos para o ensino superior feito pelos municípios. A comissão reiterou a medida sugerida pela AMSOP de suspensão do serviço, mas deixou a decisão final para cada prefeito. Uma enquete feita pela entidade identificou que dos 42 municípios da região, 12 não vão fazer o transporte dos acadêmicos, outros 13 estão avaliando qual decisão vão tomar, e 17 municípios resolveram manter o transporte, e por conta disso vão buscar outra forma de reter gastos para manter o benefício.

Eficiência
Schiavini lembrou que os temas foram debatidos na última assembleia da Amsop onde prefeitos demonstraram preocupação com a manutenção de escolas com baixo número de alunos, o custo com transporte escolar, professores e servidores. “Nós temos que avaliar todos os ajustes possíveis dentro da gestão pública para podermos cortar onde dá. Essas medidas precisam ser adotadas ao passo de podermos honrar com nossos compromissos até o final do ano”, ressaltou o presidente. Ele também observou o desafio dos gestores em mostrar para a população que “para manter os serviços essenciais é preciso cortar e não fazer novos investimentos”.

O presidente da Comissão avaliou como positivo o encontro ampliando as opiniões e apresentando novas propostas. “As discussões são oportunas e aqui verificamos alguns dados importantes e outros serão feitos para traçar um diagnóstico mais preciso no Sudoeste. Temos que verificar cada caso e com as informações em mãos poder agir em conjunto sem oferecer dano aos alunos e as famílias”, disse Gomes.

Fonte: FONTE: Assessoria.