Assessoria - A agropecuária foi o único setor da economia brasileira a crescer em 2015. Enquanto o Produto Interno Bruto (PIB) do País teve uma queda de 3,8% no ano passado, a agricultura registrou um crescimento de 1,8%. Para o deputado estadual Nelson Luersen (PDT), esses dados mostram que uma das estratégias mais viáveis para o Brasil driblar a crise é aumentar o investimento no agronegócio, em especial, a agricultura familiar, que tem um potencial maior de geração de empregos e distribuição de renda, com reflexos diretos no crescimento econômico do País. “Investir na agricultura é a forma mais rápida e eficaz de combater a crise. Por isso, é fundamental que os governos ampliem o acesso ao crédito, em especial ao pequeno produtor rural”, diz Luersen.
O deputado lembra que o desempenho da agricultura foi favorecido também pelo aumento da cotação do dólar, que acabou elevando o valor dos produtos agrícolas e as exportações. Mas destaca que isso também elava o custo dos insumos agrícolas. Por isso, ele participou das articulações na Assembleia Legislativa que levaram o governo do Estado a rever a cobrança do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre a energia elétrica utilizada na atividade rural, e ainda a devolver o que foi cobrado indevidamente.
Luersen defende outras medidas, como o apoio à pequena agroindústria leiteira, com crédito a juros baixos e assistência técnica, para que os agricultores familiares possam se manter na atividade. “Isso mantém o homem no campo e evita o êxodo rural, impedindo o agravamento dos problemas sociais e do desemprego nos grandes centros urbanos”, diz.
O parlamentar lamenta que, apesar da boa atuação do secretário da Agricultura, Norberto Ortigara, o governo do Paraná tem poucos programas voltados à agricultura. “Não existe um programa de recuperação do solo, nem de contenção da erosão, e muito menos uma política de incentivo ao meio rural. Estamos desprovidos de programas por parte do Estado do Paranᔠexplica.
Luersen ressalta a importância do crédito agrícola, que pelo plano Safra 2015/2016 do Ministério da Agricultura em parceria com o Banco do Brasil prevê R$ 187,7 bilhões para as operações de custeio, investimento e comercialização da agricultura empresarial, e R$ 28,9 bilhões para a agricultura familiar. O valor recorde de dinheiro para financiar a agricultura familiar terá taxas de juros abaixo da inflação, variando entre 0,5% e 5,5%, dependendo da região e do valor financiado através do Pronaf. “Isso faz com que o agricultor acredite e invista no campo”, avalia o deputado.