UOL - Por 55 votos a 22, o Senado aceitou, no início da manhã desta quinta-feira, 12, o pedido de abertura do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff (PT). Ela deixa a Presidência um ano e quatro meses depois de assumir seu segundo mandato. O vice-presidente Michel Temer (PMDB) assume interinamente assim que Dilma for comunicada oficialmente sobre o afastamento. Ela terá que assinar um documento e, a partir daí, será obrigada a deixar o Planalto. A sessão no Senado durou 20 horas e meia.
Dilma pode ficar afastada por até 180 dias, mas o processo no Senado pode ser mais rápido. Se for considerada culpada, sai do cargo definitivamente e perde os direitos políticos por oito anos. Temer será o presidente até o fim de 2018. Se for inocentada, Dilma volta à Presidência.
Para que o processo que resulta no afastamento da presidente fosse instaurado, eram necessários ao menos 41 votos favoráveis (maioria simples).
Esta é a segunda vez em 24 anos que um presidente da República é afastado temporariamente para julgamento após uma decisão do Senado. Em outubro de 1992, o Senado abriu o julgamento do então presidente Fernando Collor de Mello, na época filiado ao PRN.
Collor renunciou antes de ser julgado. Mesmo assim, teve seus direitos políticos cassados por oito anos. Em 2014, o STF (Supremo Tribunal Federal) o absolveu por falta de provas.

Legenda: Placar eletrônico do Senado mostra resultado da votação da admissibilidade do processo de impeachment no plenário do Senado. TV Senado