Assessoria - Durante a quarta sessão ordinária de 2016, o Conselho Universitário da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) aprovou a expedição de uma moção de repúdio em relação ao confronto ocorrido no dia 07 de abril, na cidade de Quedas do Iguaçu (PR), envolvendo a Polícia Militar e agricultores integrantes do Movimento Sem Terra (MST) do Acampamento Dom Tomás Balduíno.
De acordo com o documento, o Conselho manifesta “indignação com a violência nos conflitos pelo acesso à terra na Região Oeste do Paraná, bem como com a transformação de uma questão social em procedimento policial”.
A ação a que se refere o documento aconteceu no interior da área ocupada e resultou na morte de Leonir Orback, 23 anos, o qual deixa sua companheira grávida de nove meses; e Vilmar Bordim, 44 anos, que deixa três filhos. Além dos mortos, outros seis agricultores restaram feridos, sendo dois deles em estado grave, internados em Cascavel (PR).
Além de manifestar a posição do Conselho, a moção “exige uma rápida, eficiente e, principalmente, isenta investigação dos fatos, a fim de que se verifique: a) a demora pelo socorro às vítimas; b) a possível execução das vítimas pelos policiais; c) a falta de isolamento no local, o que comprometeu a preservação das provas e não permitiu uma melhor análise técnica nas investigações; e d) o atendimento desumano aos feridos, especialmente os mais graves, para apuração e punição dos responsáveis”.
A íntegra da moção está publicada no site da UFFS, em www.uffs.edu.br.