Protestos exigiram a renúncia do premiê
UOL - O primeiro-ministro da Islândia, Sigmundur David Gunnlaugsson, envolvido nos "Panama Papers" por ter tido uma empresa em um paraíso fiscal, renunciou nesta terça-feira (5). Trata-se da primeira baixa após a divulgação dos documentos, em nível mundial.
A renúncia ocorreu após ele ver seu pedido de dissolução do Parlamento negado pelo presidente do país, Ólafur Ragnar Grímsson.
Agora, eleições antecipadas devem ser convocadas.
Mais de 10 mil pessoas se manifestaram ontem no centro de Reykjavík para pedir a renúncia de Gunnlaugsson, líder do Partido Progressista, após seu nome ser um dos que apareceram nos milhões de documentos da empresa panamenha Mossack Fonseca divulgados no domingo pelo Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos (ICIJ).
Em paralelo, as quatro forças da oposição solicitaram formalmente um voto de censura contra o chefe do governo, mas ainda não foi definida a data para isso acontecer.
Ontem também, Gunnlaugsson disse a um canal de TV local que está determinado a continuar a frente do governo e apostou por concluir a legislatura para que os eleitores mostrem seu parecer no próximo pleito, previsto para 2017.
Fonte: www.uol.com.br