Assessoria - O governo do Estado só desistiu de fechar escolas e cortar recursos da área social por causa da reação da população. A avaliação é do deputado estadual Nelson Luersen (PDT). “Os governantes brasileiros precisam entender que os tempos mudaram e que sociedade não está mais disposta a pagar a conta pela irresponsabilidade dos administradores. Fechar escolas às vésperas do final do ano e início do período de matrículas é uma demonstração clara de falta de planejamento e de inversão de prioridades. E cortar verbas de programas sociais mostra que a preocupação com a redução das desigualdades ficou apenas no discurso de campanha. Felizmente, os paranaenses reagiram e deixaram claro que não aceitam mais isso”, afirma o parlamentar.
No início da semana passada, o governo do Estado – através da Secretaria de Educação – confirmou que estava estudando o fechamento de até 71 escolas – por suposta baixa demanda ou necessidade de economia com alugueis. Diante da reação popular, na sexta-feira, o governador Beto Richa (PSDB) anunciou a suspensão da medida.
Além disso, na proposta de Orçamento do Estado para 2016, enviada à Assembleia Legislativa no final de setembro, o governo propôs cortar pela metade os recursos do programa Família Paranaense – que atende à população mais pobre – o que implicaria na redução de 80 mil para 16 mil famílias atendidas. Também na sexta-feira houve o recuo, com o Estado garantindo que as verbas serão mantidas.
“Nos dois casos, ficou evidente que o Estado agiu sem medir as consequências de seus atos e sem ouvir a sociedade. Educação é investimento, não gasto. E o combate às desigualdades sociais é uma obrigação de qualquer administrador que prioriza o interesse público”, defende Luersen.