Assessoria - O trabalho de atendimento ao 190 é sempre uma surpresa e pode ser uma surpresa agradável quando os policiais conseguem salvar vidas. Foi o que aconteceu com a Sd. Edivane Paveukieviz, que ao receber um chamado telefônico por meio do 190 de uma mãe desesperada com o afogamento da filha, conseguiu orientá-la para que a criança fosse salva.
Em um impulso, acolhendo o desespero da mãe, a Policial Militar acalmou ela e anotou o endereço da vítima. Passou estas informações para o 3º Sargento Cleonir Flores, que estava junto na Central de Operações. O Sargento então solicitou o apoio ao Corpo de Bombeiros, enquanto a Sd. Edivane realizou a orientação da mãe Gerusa Franciane Soares.
A Soldado, que também é mãe de um menino de 1 ano e 4 meses, orientou Gerusa para que se acalmasse e começasse a fazer os procedimentos de primeiros socorros. Que no caso de recém nascidos, deve-se colocar o bebê de barriga para baixo, segurando-o por baixo, mantendo o antebraço embaixo da barriga dele e usando sua mão para sustentar a cabeça e o pescoço. A cabeça do bebê precisa ficar mais baixa que o resto do corpo. Com a outra mão, deve-se dar alguns tapas firmes nas costas da criança, mas sem usar muita força.
Logo depois destas orientações básicas de primeiros socorros, o bebê de apenas 10 meses chorou e voltou a respirar. Foram 10 minutos de aflição, em que o controle emocional da policial e seu conhecimento técnico fizeram a diferença para salvar a criança que tinha se afogado com leite materno.
Em conversa com Gerusa, mãe de Ayla, esta informou que com a chegada dos Bombeiros em sua casa, a menina ainda mantinha a respiração pesada, mas batia as mãozinhas, sorrindo para os militares que iam chegando. Ao perguntar sobre como foi o atendimento da Polícia Militar, ela respondeu que se não fosse a ajuda da policial Edivane, acho que não teria dado tempo de salvar a minha filha. Liguei para o primeiro número que veio à cabeça, e ela, primeiro tentou me acalmar e depois foi me ensinando o que fazer, até que quando o bombeiro parou na frente da minha casa, a Ayla já tinha acordado e estava respirando.
Gerusa também é mãe de Yago, de 3 anos. Mora com os filhos e o esposo Moacir que havia saído de casa uma hora antes para o trabalho. No momento em que a menina passou mal, ela estava em casa com os filhos, e ficou desesperada vendo a filha sem conseguir respirar e já ficando arroxeada.
A Sd. Edivane explicou que quando recebeu a ligação, num primeiro momento achou que se tratava de um trote, porque a voz da solicitante estava muito baixa e ela não conseguia ouvir o que Gerussa falava. Porém, ao insistir na conversa e perceber a seriedade, não pensou duas vezes, passou a acalmar a solicitante, buscando o endereço, e logo após iniciou as orientações. Foi um momento de agonia, porque eu queria ajudar, repassar os procedimentos básicos para desafogar a criança e sabia que era uma corrida contra o tempo. Felizmente a mãe foi fazendo como eu fui repassando, e, quando ouvi a sirene dos bombeiros, ouvi também o choro baixinho da criança, percebendo com isso que ela tinha reagido. Ao desligar o telefone, foi um misto de euforia e emoção. A certeza do dever cumprido, explicou a Soldado Edivane.
Esta não é a primeira vez que isso aconteceu na vida da militar. Há cerca de dois anos, juntamente com os Soldados Marcos Missio e Claudiomiro, a Sd. Edivane salvou a vida de uma cunhada. Graças ao desprendimento da equipe, juntamente com as noções de primeiros socorros, eles foram fundamentais para garantir a vida da mulher.
O salvamento da pequena Ayla ocorreu no dia 2 de agosto, por volta das 23h30, em Francisco Beltrão, sede do 21º Batalhão de Polícia Militar. Nesta semana, a Soldado Edivane foi visitar a família que reside no bairro São Miguel e conhecer pessoalmente a mãe, Gerussa, e a filha Ayla. Confira as fotos deste encontro emocionante.