JdeB – Jocenir Sales mora na linha Toscan, de Salto do Lontra. Jocenir vive do trabalho no campo, como muitos outros homens e mulheres Sudoeste afora, que com seu suor movimentam a economia da região. É um trabalho pesado, que depende do clima, de grandes esforços e, principalmente, de água.
Jocenir, fazendo eco a todo agricultor que já sofreu com falta d’água, conta que não dá para viver na roça sem esse elemento tão essencial para vida de plantas e animais. “E aqui tem muita gente que sofre com isso quando dá tempo de seca, a gente que tem que puxar água em outras comunidades para dar para o gado.”
Mas, de acordo com o chefe do departamento de Agricultura de Salto do Lontra, Neuri Frigo, este sofrimento está para acabar. Com novos investimentos da prefeitura, da Sanepar, do Ministério da Integração e da Funasa, não só a comunidade da Toscan, mas também a do Bonfim, da Santa Helena e do São Sebastião vão receber instalação ou expansão em suas redes de água, com novos poços artesianos.
Segundo Frigo, a rede na linha Toscan vai se expandir até a Bonfim e atender 65 famílias entre as duas comunidades. Na linha Santa Helena a nova rede deve atender 28 famílias. Na São Sebastião o trabalho vai ser de expansão da rede de água, para atender mais 30 famílias. Com isso, todas as famílias da comunidade terão atendimento.
O chefe de departamento ainda afirma que as obras estão todas em fase de conclusão e que nos próximos dias os moradores poderão aproveitar a rede d’água nas suas residências.
Jocenir comenta que já espera isso há muito tempo. “Faz uns 15 anos que tão fazendo promessas e que estamos pedindo, mas agora já tão instalando as redes, então vai sair com certeza. Está quase resolvido o problema e vai melhorar muito a vida do pessoal aqui da Toscan.”
Fátima Ereni Rieti também mora na Toscan com o esposo e com uma filha, que está grávida, e conta uma história parecida com a de Jocenir. “Nós não temos água em cima do nosso terreno, sempre falta e temos que pegar no vizinho, e agora essa água do poço vai ser uma coisa muito boa para nós”.
Na linha Santa Helena a situação é a mesma. Sirlei Scherer conta que sempre faltava água em dezembro, um período mais quente, em que a família costuma receber visitas para as festas de fim do ano. “Sempre faltava água para as visitas, agora com a nova instalação não vamos mais ter esse problema”, conta.
Para o prefeito Maurício Baú estas obras são fundamentais. “Ver a alegria de uma família ao ter à sua disposição água de qualidade é algo muito gratificante, por isso estamos trabalhado com muita dedicação para atendermos ao maior número possível de agricultores. Já fizemos vários investimentos em sistemas de abastecimento de água juntamente com os governos estadual e federal e em breve mais comunidades deverão ser atendidas”, afirmou.
Manutenção vai ser paga pelas comunidades
Para manter os poços e as redes de água funcionando, as famílias atendidas devem reunir-se em assembleia para definir um valor mensal a ser pago para manutenção e reservado para consertos.
Este valor ainda não foi definido, mas deve ser algo acessível para as famílias, para não comprometer o orçamento rural de cada uma.
E dona Fátima, da linha Toscan, comenta: “Vai mesmo ter um gastinho todo mês. A gente ainda não sabe o quanto, mas vai valer muito a pena, imagina!”.
Jocenir concorda: “Vale a pena sim pagar um pouco por mês, aí quando der tempo de seca, vai ter água. Não vamos mais ter crise de água.”

LEGENDA – Valentim Piran e Antognoni Camera, da empresa Perfuribel, o vereador Carlão Verdureiro e o chefe do departamento de Agricultura, Neuri Frigo, na instalação de um dos poços artesianos.
CRÉDITO – Rubens Anater/JdeB