Uma nova comissão especifica foi formada por prefeitos da região da fronteira para trabalhar em prol da proposta de reabertura da Estrada-Parque Caminho do Colono, entre Capanema e Medianeira dentro do Parque Nacional do Iguaçu. A comissão se reunirá nesta sexta-feira (19) a partir das 14h na prefeitura de Capanema para definir estratégias que consigam mobilizar a comunidade regional e estadual.
A iniciativa foi aprovada durante assembléia da Amsop na última sexta-feira (12) quando da presença do deputado federal Assis Miguel do Couto. O parlamentar é autor do projeto de lei aprovado no Congresso que pede a reabertura da estrada de forma consciente com menor impacto possível sob a fauna e a flora local.
Fazem parte da comissão a prefeita Lindamir Denardin (Capanema), Marlon Kuhn (Planalto), Alcir Pigosso (Pérola do Oeste), Marcos Michelon (Pranchita) e Ricardo Ortiña (Santo Antonio do Sudoeste). O grupo buscará também o amparo de entidades, instituições e sociedade civil organizada, além de movimentos sociais e sindicais. A comissão ainda terá a incumbência de viabilizar audiência com senadores e ministros para falar do projeto.
A idéia é criar mecanismos que possam sensibilizar o Senado para que votem e aprovem ainda este ano a reabertura. Caso não receba nenhum recurso ou emenda, o PL 7.123/2010, que institui a Estrada-Parque Caminho do Colono será levado para sanção da presidente Dilma Rousseff.
O deputado disse aos prefeitos que o projeto está parado há um ano. “2014 foi difícil, com eleições e Copa do Mundo. E no próximo temos eleições municipais. Algumas pessoas dizem que só voltamos a este assunto em época de campanha, o que não é verdade. Por isso, queremos mobilizar a sociedade para convencer o Senado a dar o trâmite necessário ao projeto ainda neste ano”, afirmou o parlamentar.
Brasil/Argentina
O parlamentar argumentou que a hora do projeto é agora e que mobilização da comunidade regional é fundamental para aprovação. Falou sobre um material de divulgação que relata a história da estrada (iniciada ainda em meados de 1543), os fatos que marcaram o uso, fechamento e mobilizações e ainda o que pretende seu projeto de lei. O parlamentar chamou atenção para o caso do país vizinho, a Argentina, em que uma estrada está em uso no mesmo parque oferecendo inúmeros benefícios a comunidade local sem oferecer impacto ao eco-sistema do parque.
“Lá (Argentina) tem estrada, por onde passam centenas de carros todos os dias. Muitos brasileiros, inclusive, utilizam o caminho para chegar mais rápido a Foz do Iguaçu. E o parque argentino não tem título de patrimônio ameaçado. Porque na argentina pode ter estrada dentro do parque e o Brasil não?”, questiona.