A Fifa decidiu adiar o processo de concorrência para os países que desejam se candidatar a sedes da Copa do Mundo de 2026. Em meio aos escândalos envolvendo dirigentes da entidade, o secretário-geral Jérôme Valcke - acusado de ter desviado US$10 milhões de propina para ajudar na escolha da África do Sul como sede da Copa de 2010 - afirmou, em entrevista coletiva na Rússia, que o momento atual não é propício para receber candidaturas e que seria algo "sem sentido" continuar com o processo de licitação.
Por ora, no entanto, a votação para eleger a sede da Copa de 2026 segue prevista para acontecer em maio de 2017, em Kuala Lumpur, na Malásia. Até a presente data, a Fifa recebeu os interesses oficiais de Estados Unidos, Canadá, México e Colômbia para sediarem o Mundial. Com a política de revezamento entre confederações, apenas os países asiáticos, afiliados à AFC (Confederação Asiática de Futebol), não poderão concorrer como local da competição.
Em dezembro de 2010, Rússia e Catar foram escolhidos como sedes para as Copas do Mundo de 2018 e 2022, respectivamente, em uma votação secreta com 22 membros executivos da Fifa. Domenico Scala, presidente do comitê de auditoria da entidade, responsável por organizar as novas eleições presidenciais do órgão, afirmou na última semana que as vitórias dos países sedes para os próximos mundiais podem ser invalidadas caso se comprove compra de votos na ocasião. Um dia depois, porém, a Fifa informou à rede CNN que não há qualquer base legal para mudanças no momento.
Os Estados Unidos são os grandes favoritos para sediar o Mundial - eles o receberam apenas uma vez, em 1994, quando o Brasil foi campeão. O país tentou ser o lar da competição em 2018, mas acabou derrotado pela Rússia.