Assessoria - No último final de semana, a Irmã Domênica da Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Salto do Lontra foi homenageada durante a Expofeira Mulher em Francisco Beltrão. Domênica foi escolhida pelo Conselho da Mulher Empresária e Executiva para representar o município no evento, que homenageou mulheres que realizam trabalhos voluntários e se doam pelo bem–estar e saúde da população.
Um ônibus oferecido pela Prefeitura Municipal levou cerca de 30 mulheres para assistirem a homenagem a Irmã Domenica, que agradeceu a presença de todos e ressaltou o quanto se sentiu a vontade e feliz com a homenagem. ”Durante a conversa com as outras homenageadas foi interessante até para conhecer mais a história da região que me acolhe há tantos anos”, disse a Irmã.
“Cada ano o Conselho da Mulher Empresária de Francisco Beltrão escolhe um tema para homenagear mulheres da região durante a Expofeira Mulher. O tema deste ano convidou a reflexão sobre a doação a comunidade. Durante o bate papo feito no palco com as homenageadas, pudemos perceber quantas histórias relevantes e de bondade carregam as mulheres da nossa região e o quanto acertamos em convidar a Irmã Domênica para este momento”, explica a presidente do Conselho da Mulher Empresária de Salto do Lontra, Arlete Catto Warmling.
HISTÓRICO IRMÃ DOMÊNICA
Domenica Di Nardo, ou, Irmã Domênica como é chamada pelos moradores de Salto do Lontra, nasceu em oito de abril de 1944, na cidade de Frezagrandinaria, no sul da Itália.
Em dezembro de 1992, instituições de caridade onde Domênica trabalhava, antes cuidadas por religiosos passaram a ser administradas pelo governo italiano. E foi aí que decidiram vir ao Brasil.
Após 5 anos no país, em 1997, Salto do Lontra conheceu tão bom coração.
Irmã Domênica desde então passou a se dedicar a trabalhos sociais e voluntários na cidade. Participou até o ano passado do programa AABB Comunidade, do Banco do Brasil com a Prefeitura. Lá, cuidava das crianças, ensinava, fazia o momento da oração e ministrava oficinas de artesanato. Costuma definir o que fazem como “Gente que ensina gente a ser gente”.
Quando chegou no Brasil, umas das coisas que mais a impressionava, era o fato de acostumar as crianças de rua de maneira errada. “Não tem nada de errado em pedir comida. Mas o triste é que dávamos comida, as crianças separavam em frente de casa o que gostavam levavam e o que não gostavam deixavam. Isso é ensinar a viver nas costas dos outros. Temos que ensinar que na vida não é só que a gente gosta que é importante”, lembra ela.
Hoje, faz visitas frequentes aos doentes da cidade, ajuda a mobilizar as pessoas para arrecadar roupas, alimentos e outros donativos.
Essas atitudes a fazem feliz e realizada. Ela diz que se preciso recomeçar, recomeçaria fazendo tudo exatamente do mesmo jeito, mas com ainda mais responsabilidade.
Domênica vê sua nova pátria como um país jovem, cheio de vitalidade. No munípio, vê que as mudanças nos últimos anos foram positivas. Ela avalia que o povo cresceu na solidariedade, na colaboração, na igualdade, que tem ajudado os outros sem esperar nada em troca. E este é o segredo para ser feliz, ajudar sem esperar.