Agência Brasil - Após chegar a R$ 3 no meio do dia, o dólar recuou um pouco e fechou a quarta-feira (4) em R$ 2,98, maior cotação desde 19 de agosto de 2004, quando a moeda foi a R$ 2,987. A moeda norte-americana teve nesta quarta-feira alta de 1,8% em relação à terça-feira (3), R$ 2,928. Foi o terceiro dia seguido de elevação.
O dólar também subiu em relação a outras moedas, como o euro, depois da divulgação de dados que mostram a recuperação da economia dos Estados Unidos. Hoje a moeda norte-americana valorizou-se em relação ao euro, na véspera de uma reunião política do Banco Central Europeu, chegando, na máxima do dia, à maior cotação em dez anos.
Em janeiro, as encomendas de bens duráveis (como automóveis e eletrodomésticos) subiram naquele país, interrompendo uma sequência de quatro meses de queda. Além disso, alguns analistas avaliam que a discordância entre o Executivo e o Legislativo brasileiro em relação à medida provisória que trata das desonerações tributárias influenciaram na subida mais acentuada do dia.
O aumento do consumo nos Estados Unidos reforça as perspectivas de que o Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), em breve, pode aumentar os juros da maior economia do planeta. Juros mais altos nos países desenvolvidos reduzem o fluxo de capital para países emergentes como o Brasil, pressionando o dólar para cima.
No início da tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial, diferença entre entrada e saída de dólares do país, encerrou fevereiro negativo em US$ 1,142 bilhões. Com isso, o saldo acumulado nos dois primeiros meses de 2015 também ficou negativo em US$ 246 milhões. Quando o fluxo cambial fica negativo, significa que, no período, a saída de dólares do Brasil superou a entrada.
Foto: Moeda americana fechou cotada em R$ 2,98 e teve valorização também em relação ao euro. Arquivo/Agência Brasil