AEN - A proposta de novos desafios para a agricultura do Paraná foi tema de discussão durante reunião nesta sexta-feira (06) entre os secretários do Planejamento, Silvio Barros; e da Agricultura, Norberto Ortigara. Barros esteve na Secretaria da Agricultura acompanhado do professor Ramiro Wahrhaftig, integrante da Casa Civil, para conhecer melhor o sistema de funcionamento da secretaria e de suas empresas vinculadas, como a Ceasa, Adapar, Emater, Iapar, Codapar, Instituto de Florestas e Centro Paranaense de Referência em Agroecologia.
Para Silvio Barros, o desafio é integrar os órgãos de governo e todas as secretarias para que trabalhem em sintonia e por encomendas para atender as diferentes necessidades que envolvem a agricultura. O secretário sinalizou o envolvimento das universidades para fazer os estudos comparativos das cadeias produtivas e identificar as competências de quem produz e o que falta para atingir essas competências.
“Temos que ter as competências e produzir por encomendas. E nesse caso as perguntas que devem ser feitas são mais importantes que as respostas para alcançarmos os resultados desejados”, explicou. O secretário do Planejamento enfatizou a necessidade de gerar informações mais detalhadas sobre as cadeias produtivas para o governo eleger as que são mais estratégicas. Com isso será possível identificar o que pode ser feito para incrementar ainda mais as ações que já estão sendo feitas para alcançar os resultados econômicos e financeiros mais atraentes ao Estado.
Barros falou ainda da importância de se gerar informações precisas para embasar o governo de forma geral para tomar as decisões importantes de fortalecimento de determinadas cadeias produtivas para que elas se fortaleçam com qualidade e sejam bastante competitivas nos mercados nacional e internacional.
Outro desafio para o qual o Paraná precisa e tem condições de se preparar, lembrou o secretário, será a ampliação de alimentos para a região Sudeste do País, diante da escassez de água que está sendo prevista pelos principais institutos de pesquisa em clima do País. “Precisamos aproveitar a água que pode produzir alimentos aqui para gerar os produtos que vão abastecer outras regiões e gerar renda aqui”, explicou o secretário. “Essas são apostas para o futuro, mas que precisamos iniciar a discussão já”, acrescentou.
O secretário Norberto Ortigara ficou satisfeito com a avaliação e com a receptividade que a nova gestão do governador Beto Richa está dando à agricultura para que o setor possa potencializar os resultados que já produz para a economia. Segundo Ortigara, a Secretaria conta com um orçamento em torno de 1% do orçamento estadual mas executa políticas públicas de apoio ao setor que de acordo com as estimativas iniciais deve gerar um Valor Bruto da Produção da ordem de R$ 70 bilhões em 2014.
Muitos dos produtos agropecuários não geram ICMS direto, mas se for contar com o valor agregado e o imposto gerado por essa transformação a arrecadação passa de R$ 7 bilhões anuais, destacou Ortigara, ao defender a importância de se manter e ainda ampliar as estruturas das empresas vinculadas, responsáveis pela execução das políticas públicas de apoio ao setor.
Entre elas, Ortigara defendeu a necessidade de renovação e de oxigenação para as estruturas da Emater e da Adapar, encarregadas de tornar o produtor paranaense competitivo nos mercados nacional e internacional. E, no caso da Adapar, de garantir a sanidade dos produtos que é passaporte para mercados que pagam até 30% ou 40% a mais pelos mesmos produtos exportados hoje, como é o caso do Japão e Estados Unidos. “Mas para acessarmos esse mercado precisamos um mínimo de infraestrutura de postos de fiscalização e de pessoal”, disse.